O dólar e os juros futuros disparavam nos primeiros negócios desta quinta-feira, com a moeda norte-americana superando 5,67 reais, enquanto taxas de contratos de DI saltavam 60 pontos-base, conforme o mercado colocava nos preços pavor de que o governo fure o teto de gastos e abra caminho para descontrole fiscal.
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O dólar spot saltava 1,81%, a 5,6629 reais, às 9h11, após máxima de 5,6753 reais. Os juros futuros tinham forte aumento nos prêmios, com o DI janeiro 2025 voando 60 pontos-base, a 11,50% ao ano.
A péssima reação dos preços vem depois de na véspera o ministro da Economia, Paulo Guedes, indicar derrota na batalha contra planos de romper o teto de gastos.
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Guedes disse que o governo avalia se o benefício temporário que irá vitaminar o novo Bolsa Família será pago fora do teto, o que demandaria uma licença para um gasto de cerca de 30 bilhões de reais, ou se haverá opção por uma mudança na regra constitucional do teto de gastos para acomodá-lo.
O chefe da Economia afirmou ainda que caberá ao relator da PEC dos Precatórios, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), viabilizar uma fórmula que garanta o pagamento de um benefício social de 400 reais em 2022 respeitando o arcabouço fiscal do país.
Para piorar, o Banco Central não anunciou venda líquida de dólares — seja na forma de swap cambial, seja de moeda física — para esta quinta, mas dada a disparada do dólar agentes financeiros não descartam que o Bacen intervenha de surpresa no mercado.
E o exterior tampouco ajuda, num dia de queda das bolsas de valores e de moedas emergentes, em meio a renovados temores relacionados ao mercado imobiliário chinês.
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