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Dólar sobe ante outras moedas globais, com sinais do Fed

Investidores também estiveram atentos às negociações para elevar o teto da dívida dos Estados Unidos

Dólar sobe ante outras moedas globais, com sinais do Fed
Chevron compra Hess em acordo bilionário; veja valor. (Foto: Envato Elements)

O dólar se valorizou ante o euro, a libra e o iene, com investidores ainda atentos às prolongadas negociações para elevar o teto da dívida dos Estados Unidos. Além disso, declarações de um diretor do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e a ata da mais recente reunião de política monetária foram analisadas.

No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 139,28 ienes, o euro caía a US$ 1,0755 e a libra tinha baixa a US$ 1,2363. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou alta de 0,39%, a 103,887 pontos.

O DXY chegou a exibir sinal modestamente negativo, pela manhã, perto da estabilidade. Mais adiante, houve ganho de fôlego. O teto da dívida seguia como tema importante. O presidente da Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy, não descartou progressos para romper o impasse com a Casa Branca no tema, mas reiterou divergências, enquanto o governo Joe Biden criticou a postura da oposição republicana, dizendo que as negociações estão travadas por interesses políticos.

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Entre dirigentes do Fed, Christopher Waller disse que avaliava defender manutenção dos juros em junho, mas elevá-los na reunião seguinte, de julho. Já a ata da reunião mostrou divisão entre os dirigentes do BC americano. O Fed ainda diz que cortes de juros em 2023 não são prováveis, enquanto novas elevações não estão descartadas. Os dirigentes também se mostraram atentos à questão do teto, com vários deles apontando que é crucial elevá-lo em tempo adequado, a fim de se evitar mais turbulências. O staff do BC, por sua vez, continuava a projetar “recessão leve” no país.

A Capital Economics destacou o fato de que alguns dirigentes esperam subir mais os juros, diante da inflação elevada persistente. A consultoria também ressaltou trecho da ata segundo o qual “alguns” dirigentes esperam que mais altas sejam necessárias, enquanto “vários” outros consideraram que, caso a economia se comporte com a perspectiva atual, pode não ser mais necessário reforçar o aperto.

Para a Oxford Economics, a decisão sobre se haverá ou não mais alta em junho será tomada com base nos próximos dados de inflação, do mercado de trabalho e dos padrões de empréstimo. Já a Pantheon vê como mais provável uma pausa em junho, e avalia que os dirigentes podem estar influenciados pela chance de recessão vista pelo staff do Fed. Para o Morgan Stanley, uma pausa em junho “será debatida de modo acalorado”.

Na Europa, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) do Reino Unido subiu 8,7% em abril, na comparação anual, acima do esperado. Para o TD Securities, o dado reforça a chance de aperto monetário pelo Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) em junho. O TD espera mais duas altas, com a taxa terminal chegando a 5,00% em agosto. Já na zona do euro, a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, reafirmou sua prioridade de levar a inflação à meta de 2% “em um tempo adequado.

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