O dólar hoje está cotado a R$ 5,05, após passar mais de um mês abaixo do patamar de R$ 5. Após oscilar entre máxima a R$ 5,08 e mínima a R$ 4,98, a moeda sobe 1,27% na tarde desta quarta-feira (27), com expectativas por juros elevados nos Estados Unidos por mais tempo.
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No início do dia, o presidente da distrital do Federal Reserve (Fed) em Minneapolis, Neel Kashkari, disse à CNBC que há um risco de que as taxas precisem subir mais se os aumentos já implementados não desacelerarem a economia conforme o esperado. Ainda segundo o dirigente, manter a política monetária restritiva por mais tempo não seria um sinal de recessão econômica no país.
Outro fator que contribui para a alta na cotação do dólar é o avanço dos juros projetados pelos Treasuries (títulos públicos americanos). As taxas das T-notes de 10 anos alcançaram máxima intradia de 4,6435% , nível mais alto desde outubro de 2007. O movimento ocorre junto à valorização dos preços do petróleo, que pode estimular a inflação à frente nos Estados Unidos. A commodity de tipo Brent fechou a sessão em alta de 2,09%, a US$ 96,55 o barril.
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Ao Broadcast, Mauriciano Cavalcanti, diretor de câmbio da Ourominas, explicou que o comportamento do câmbio reflete uma tendência de migração de recursos para a renda fixa americana, em meio às sinalizações que vêm sendo dadas pelo Federal Reserve. Na última semana, a autoridade financeira decidiu manter a taxa dos juros americanos no intervalo entre 5,25% a 5,50% ao ano, o nível mais alto em 22 anos.
*Com informações do Broadcast