Veja o comportamento do dólar nesta terça-feira (4). Foto: Adobe Stock
O dólar hoje fechou em alta no mercado doméstico de câmbio, influenciado pela valorização global da moeda americana. Nesta terça-feira (4), a divisa subiu 0,77% a R$ 5,3989, depois de oscilar entre máxima a R$ 5,4017 e mínima a R$ 5,3791. O índice DXY, que compara o dólar com seis moedas fortes, avançava 0,37% aos 100,246 pontos ao final da tarde. O indicador não operava acima do patamar de 100 pontos desde o dia 1º de agosto.
Entre os fatores que agitaram os mercados, estão a dúvida sobre um novo corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) em dezembro e o impacto da paralisação de 35 dias do governo dos Estados Unidos, que suspende a divulgação de diferentes dados econômicos.
Em entrevista ao Yahoo! Finance, o presidente do Fed de Chicago, Austan Goolsbee, afirmou na segunda-feira (3) que ainda não tomou uma decisão sobre o que fará na próxima reunião de política monetária da instituição. “O limite para cortar os juros é mais alto do que nas duas reuniões anteriores”, disse o dirigente.
Já o diretor do Fed, Stephen Miran, afirmou que pretende voltar a defender um corte de 50 pontos-base nos juros se suas projeções se confirmarem para a próxima reunião, mas ponderou que ainda não vai se comprometer com outro voto dissidente em dezembro. “As coisas podem mudar”, sinalizou em entrevista à Bloomberg TV na segunda-feira.
Nesta terça, a vice-presidente de supervisão do Fed, Michelle Bowman, participou de evento, mas não comentou sobre política monetária ou perspectivas econômicas que pudessem sinalizar a trajetória das taxas de juros do Fed.
Por aqui, na agenda de dados, o mercado acompanhou a produção industrial, que caiu 0,4% em setembro ante agosto, na série com ajuste sazonal. O resultado foi igual à mediana das estimativas colhidas pelo Projeções Broadcast, que iam de queda de 0,9% a alta de 0,2%.
Agora as expectativas se concentram na decisão de juros do Comitê de Política Monetária (Copom) na quarta-feira (5). Investidores esperam manutenção da taxa Selic em 15% ao ano, como já indicou o Boletim Focus desta semana.
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Nesse cenário, Elson Gusmão, diretor de Câmbio da Ourominas, reflete que o movimento do dólar na sessão refletiu o comportamento misto dos mercados internacionais, ainda atentos à política monetária dos Estados Unidos e aos desdobramentos da economia brasileira. “No curto prazo, fatores como indicadores de inflação nos EUA e notícias sobre o quadro fiscal brasileiro devem seguir determinando o rumo das cotações”, afirma.
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