O dólar retomava a alta nesta quarta-feira (23), com avanço ante o euro e a libra esterlina. A moeda também subia frente ao iene, ainda que tenha desacelerado após ter tocado pela manhã o maior nível frente a moeda japonesa desde julho. O dólar contou com o suporte do avanço das taxas dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano), à medida que os investidores parecem abraçar a ideia de que não será fácil para o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) cortar as taxas de juros tão rapidamente.
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O índice DXY subia 0,30%, a 104,386 pontos, por volta das 17h. O dólar se valorizava a 152,64 ienes neste fim de tarde, enquanto o euro cedia a US$ 1,0788, e a libra caía a US$ 1,2932.
O dólar apresentava leve alta frente ao iene, ainda que tenha se distanciado da máxima intradiária de 153,189 ienes. A moeda vinha desacelerando desde cedo e reagiu pouco no meio da tarde a comentários do presidente do Banco do Japão, Kazuo Ueda, que disse que está demorando para que o Japão chegue a uma inflação de 2% de modo sustentável. O dirigente afirmou ainda que é difícil definir um tamanho para aumento de juros daqui para frente.
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O euro recuava levemente em meio a falas de dirigentes do Banco Central Europeu (BCE). O presidente do BC da Alemanha, Joachim Nagel disse que as decisões futuras serão tomadas com base nos dados disponíveis. “Essa discussão sobre 25 PBs ou algo diferente, no final, não ajuda”, afirmou. Para o presidente do BC de Portugal, Mario Centeno, um corte de juros de 50 pontos-base ainda é uma possibilidade. Já o presidente do BC da Itália, Fabio Panetta, disse que o BCE está longe da taxa neutra.
A libra tinha perdas mais acentuadas do que o euro frente ao dólar, reverberando o tom da fala do presidente do Banco da Inglaterra (BoE), Andrew Bailey, que afirmou que o processo de desinflação internacional está ocorrendo mais rapidamente do que o esperado.
O dólar marcava leve ganho ante o dólar canadense, após o Banco do Canadá reduzir a taxa básica de juros em 50 pontos-base, intensificando o alívio em relação aos três cortes de 25 pbs anteriores.