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Dólar hoje volta a romper R$ 5,82 à espera de dados dos EUA e pacote fiscal

Na abertura, a moeda americana hoje exibiu queda em meio a impactos comerciais nos EUA

Dólar hoje volta a romper R$ 5,82 à espera de dados dos EUA e pacote fiscal
Dólar. (Foto: Adobe Stock)

O dólar hoje opera em alta moderada, após abrir com viés de baixa. Os ajustes são contidos pela queda dos rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida americana) e do índice DXY (que mede o desempenho do dólar ao compará-lo a outras seis divisas relevantes) do dólar ante seis pares rivais.

Na abertura, a moeda americana hoje exibiu queda sintonizada com o DXY, mas ganha força ante o real em linha com a valorização frente ao peso mexicano, com apreensões sobre o impacto das tarifas comerciais no futuro governo Trump. O rublo atingiu o menor nível ante o dólar e contra o euro desde março de 2022.

Na sexta-feira (29), será definida a última Ptax (referência para as operações de câmbio no mercado financeiro, calculada durante o dia pelo Banco Central) de novembro e é esperada menor liquidez nos próximos dias.

O que afeta o dólar hoje

Pacote fiscal

Investidores aguardam o anúncio do pacote de corte de gastos, que será apresentado nesta quarta-feira pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, à Câmara. O líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP), disse que Haddad deve conversar também com os líderes e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Segundo ele, a definição sobre mudanças no Fundeb no corte de gastos depende dessas conversas.

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O senador e líder do governo, Otto Alencar, disse que estão pendentes a reforma tributária, o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA), mas é possível um “esforço” para aprovar as medidas fiscais ainda este ano. A proposta de mudança na Previdência dos militares é insuficiente, diz o Centro de Liderança Pública (CLP)

Indicadores econômicos

Nesta quarta-feira, investidores acompanham a segunda leitura do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre e o índice de preços de gastos com consumo (PCE) de outubro – a métrica de inflação preferida do Fed, às vésperas do feriado de Ação de Graças nos EUA.

No cenário local, os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) de outubro também serão monitorados. A mediana indica desaceleração na criação líquida de empregos, a 200 mil vagas com carteira assinada em outubro, ante 247.818 vagas abertas em setembro.

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) caiu 1,3 ponto em novembro, a 98,6 pontos, na série com ajuste sazonal. Em médias móveis trimestrais, o indicador acumula queda de 1,0 ponto, atingindo 99,7 pontos.

Canais de comércio

Há temores de que as sanções dos EUA prejudiquem os canais de comércio já restritos da Rússia e de que os desdobramentos da guerra na Ucrânia compliquem negociações de paz.

A volatilidade no câmbio durante a manhã pode refletir ainda a defesa de interesses técnicos e eventual entrada de fluxo comercial, diante da valorização do petróleo e minério de ferro.

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Por volta das 9h47 (de Brasília), o dólar à vista subia 0,24%, a R$ 5,8220. O dólar para dezembro ganhava 0,16%, a R$ 5,8225.