

A cotação do dólar hoje abriu e fechou a sessão desta terça-feira (04) em queda, encerrando o dia em baixa de 0,75%, a R$ 5,7724. É a primeira vez que a cotação fecha abaixo dos R$ 5,80 desde o dia 26 de novembro, último dia antes da apresentação do pacote de medidas fiscais do governo que, mal recebido pelo mercado, levou o dólar ao maior valor da história em dezembro de 2024.
O movimento do dia acompanha a queda da moeda americana no exterior, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, suspender as tarifas de importações do Canadá e do México por um mês. As atenções estão voltadas à China, que anunciou medidas retaliatórias nesta madrugada. O país vai impor tarifas entre 10% a 15% para alguns produtos vindos dos EUA, em resposta à taxação de 10% a produtos chineses a anunciada por Trump. Pela manhã, havia uma expectativa de que o presidente americano e o chinês, Xi Jinping, pudessem conversar para chegar ao um acordo, mas isso não aconteceu.
Para Lucas Dezordi, economista-chefe da Rubik Capital, a trajetória do dólar na semana acompanhará os movimentos nos EUA e a entrada de recursos no Brasil. “À medida que os EUA anunciaram novos acordos com o México e intenção de negociar com os canadenses, a taxa de câmbio caiu. Estamos observando um fluxo positivo de entrada de recursos externos em nossa economia e com efeito compra de real”, destaca. “Entendemos que no mês de fevereiro, a taxa de câmbio pode continuar caindo até testar se possível o patamar de R$ 5,70.”
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O dólar à vista completa 12 pregões seguidos de queda, um alívio causado principalmente por um começo de mandato mais brando do que o esperado por parte de Trump. Em dezembro, no auge da crise de confiança em relação à política fiscal, o real se descolou dos pares e teve a maior desvalorização entre as moedas emergentes. Agora, a divisa brasileira também é a que apresenta a maior correção.