Veja detalhes sobre a operação e cotação do dólar hoje. (Foto: Adobe Stock)
O dólar hoje encerrou as negociações desta terça-feira (25) com uma queda de 0,75%, cotado a R$ 5,7092. O recuo da divisa americana reflete à frustração dos investidores com os dados econômicos americanos. Isso porque as vendas de moradias novas nos EUA subiram 1,8% em fevereiro em comparação a janeiro. O resultado veio abaixo das expectativas dos analistas que esperavam uma alta de 3%. O índice de confiança do consumidor da Conference Board também surpreendeu ao cair de 98,3 para 92,9, enquanto os economistas previam um resultado de 93,5.
A ata do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), divulgada nesta terça-feira (25), também ajudou na depreciação do câmbio frente ao real. Com um tom mais duro, a autoridade monetária sinalizou que deve manter a taxa Selic em patamares elevados por mais para assegurar a convergência da inflação à meta. Na semana passada, a autoridade monetária elevou a taxa básica de juros para 14,25% ao ano, o seu maior nível desde 2016, época da crise econômica que levou ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
“Esses indicadores levaram a uma redução nos rendimentos dos títulos do Tesouro americano, o que, associado ao tom mais rigoroso do Copom, ampliou as expectativas sobre o diferencial de juros entre Brasil e Estados Unidos sendo um dos fatores que deu suporte para valorização do real“, diz Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad.
Os mercados também ficaram atentos à possibilidade de uma flexibilização da política tarifária do governo de Donald Trump. Há esperança de que a próxima rodada de tarifas dos EUA, que entra em vigor no próximo dia 2, seja menos agressiva do que o previsto. No entanto, o presidente americano informou, na segunda-feira (24), que irá anunciar novas tarifas “em breve” sobre carros, aço, alumínio e fármacos. Ele impôs ainda uma taxação de 25% em todos os países que compram petróleo e gás da Venezuela.