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Dólar hoje dispara e atinge máxima histórica com notícia sobre isenção de IR até R$ 5 mil

O valor de fechamento é o mais elevado da história do real, superando a marca de R$ 5,8694, registrada em 1º de novembro

Dólar hoje dispara e atinge máxima histórica com notícia sobre isenção de IR até R$ 5 mil
O Ministro Fernando Haddad (Foto:Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil)

O dólar hoje fechou em alta de 1,81%, cotado a R$ 5,9135. A moeda americana chegou à máxima histórica de R$ 5,929 nesta quarta-feira (27), por volta de 15h40min, em alta de 1,76%. O valor de fechamento é o mais elevado da história do real, superando a marca de R$ 5,8694, registrada em 1º de novembro.

Investidores aguardam o anúncio do pacote fiscal do governo, que deve ser apresentado nesta quarta-feira (27) pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, à Câmara. O líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP), disse que Haddad deve conversar também com presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Às 20h30 de hoje, o governo deve veicular em rede nacional de TV um pronunciamento de Haddad para explicar o pacote de contenção de gastos do governo federal. Ele também deve incluir o anúncio da isenção de Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil. O pronunciamento terá 7 minutos e 18 segundos de duração, conforme apurou o Estadão nesta reportagem.

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Para Thiago Avallone, especialista em câmbio da Manchester Investimentos, a alta do dólar nesta tarde reflete a preocupação do mercado em relação à política fiscal do País. “De um lado, todo mundo estava aguardando o pronunciamento para entender de onde sairiam os cortes. De outro, o governo continua pensando em uma medida populista. É uma falta de comprometimento que acaba estressando o mercado”, afirma.

Dados nos EUA também ficam no radar do mercado

Os investidores também acompanharam a agenda de dados macroeconômicos dos Estados Unidos. O índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) do país, métrica de inflação preferida do Federal Reserve (Fed), avançou 0,2% em outubro, na comparação com setembro, em linha com as expectativas de analistas consultados pela FactSet.

“A leitura mantém a visão de que a última milha no combate à inflação nos Estados Unidos vem sendo difícil de percorrer, e, em conjunto com dados de mercado de trabalho, esse fator vem pesando nas decisões sobre o ciclo de afrouxamento monetário iniciado em setembro”, destaca Paula Zogbi, gerente de research e head de conteúdo da Nomad..

Outro dado monitorado foi a segunda leitura do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos, que cresceu ao ritmo anualizado de 2,8% no terceiro trimestre de 2024. O resultado confirmou o número inicialmente divulgado e as projeções de analistas consultados pela FactSet, que previam mediana de 2,8%.

“O cenário continua apresentando maior probabilidade de pouso suave e afastando as preocupações mais alarmantes sobre o enfraquecimento da atividade”, avalia Zogbi, da Nomad. Lembrando que o pouso suave citado por ela significa reduzir a inflação com o menor custo possível para a atividade econômica e o emprego.

O que afeta o dólar hoje

Pacote fiscal

Investidores aguardam o anúncio do pacote de corte de gastos, que será apresentado nesta quarta-feira pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, à Câmara. O líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP), disse que Haddad deve conversar também com os líderes e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Segundo ele, a definição sobre mudanças no Fundeb no corte de gastos depende dessas conversas.

Indicadores econômicos

Nesta quarta-feira, investidores acompanham a segunda leitura do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre e o índice de preços de gastos com consumo (PCE) de outubro – a métrica de inflação preferida do Fed, às vésperas do feriado de Ação de Graças nos EUA.

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No cenário local, os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) de outubro também serão monitorados. A mediana indica desaceleração na criação líquida de empregos, a 200 mil vagas com carteira assinada em outubro, ante 247.818 vagas abertas em setembro.

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) caiu 1,3 ponto em novembro, a 98,6 pontos, na série com ajuste sazonal. Em médias móveis trimestrais, o indicador acumula queda de 1,0 ponto, atingindo 99,7 pontos. O dólar sobe 2,29% em novembro. No ano, a moeda acumula ganhos de 21,24% em relação ao real.

*Com informações do Broadcast

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