Publicidade

Tempo Real

Dólar hoje: moeda fecha em alta após dados fortes de emprego nos EUA

Moeda encerrou a sessão cotada a R$ 4,9683

Dólar hoje: moeda fecha em alta após dados fortes de emprego nos EUA
Dólar (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

O dólar à vista subiu mais de 1% no mercado doméstico de câmbio e fechou acima de R$ 4,95, alinhado à onda de fortalecimento da moeda americana no exterior, após dados de emprego em janeiro nos EUA superarem as expectativas e promoverem um rearranjo das apostas em torno do início do ciclo de cortes dos juros pelo Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano). Perdas do petróleo e uma derrocada das cotações do minério de ferro, que recuaram mais de 2% na China, também contribuíram para pressionar divisas emergentes como o real.

Na abertura dos negócios, o dólar ensaiou dar continuidade ao movimento de queda de ontem à tarde e desceu até a mínima de R$ 4,9083. Ainda pela manhã, com a divulgação do relatório de emprego (payroll) de janeiro, o dólar à vista passou a subir e rapidamente ultrapassou a barreira de R$ 4,95. A máxima, a R$ 4,9763, veio no início da tarde, em meio ao avanço mais forte das taxas dos Treasuries. No fim do dia, a moeda subia 1,07%, cotada a R$ 4,9683 – maior valor de fechamento desde 22 de janeiro (R$ 4,9873). Na semana, a divisa avançou 1,17%.

“O resultado do payroll foi muito forte. Isso mostra que o Fed acertou nesta semana ao ser cauteloso e mostrar uma comunicação mais prudente, tentando suavizar as expectativas do mercado para o tamanho do corte de juros neste ano, que estavam entre 150 pontos e 175 pontos base. A desaceleração da inflação deve ser mais devagar daqui para frente”, afirma o economista-chefe da JF Trust, Eduardo Velho, acrescentando que os balanços das companhias dos EUA também têm indicado uma maior resiliência da economia americana. “As bolsas e moedas emergentes, e também o euro, sofrem com a alta dos Treasuries, mas em Nova York os índices avançam com os balanços”, afirma.

Publicidade

Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos

Na quarta-feira, 31, o Fed anunciou manutenção da taxa básica na faixa entre 5,25% e 5,50%, com a avaliação de que a economia americana segue em ritmo robusto e a inflação, apesar de ter desacelerado, ainda é elevada. Em seu comunicado, o BC americano ressaltou que “não seria apropriado” reduzir a taxa básica até que haja uma maior confiança de que a inflação está se movendo de forma sustentada para a meta de 2%.

Em entrevista coletiva, o presidente do Fed, Jerome Powell, praticamente descartou a probabilidade de redução dos juros em março, deslocando as apostas majoritárias para maio. Após o payroll e números fortes também na confiança do consumidor americano em janeiro – uma combinação que pode resultar em maior rigidez da inflação -, as chances de início de ciclo de redução da taxa básica em maio caíram de 93,8% ontem para 71,2% hoje, e já há apostas marginais voltadas para junho.

Pela manhã, o Departamento de Trabalho dos EUA informou que foram gerados 353 mil empregos em janeiro, superando o pico das estimativas de analistas ouvidos por Projeções Broadcast, de 290 mil. A mediana das expectativas era de 195 mil. Houve ainda revisão para cima dos números de dezembro (216 mil para 333 mil) e de novembro (de 173 mil para 182 mil). A taxa de desemprego ficou em 3,7%, enquanto analistas esperavam alta para 3,8%. Os salários também surpreenderam com crescimento mensal e anual superiores às previsões.

Web Stories

Ver tudo
<
Isenção do IR até R$ 5 mil pode aumentar seu salário; veja a partir de quando
15 doenças que dão direito a auxílio-doença e aposentadoria por invalidez
IPVA 2025: como saber se meu carro é isento?
Esqueça a picanha! Este é o corte econômico que está roubando a cena nos churrascos brasileiros
Vinhos: confira 5 espumantes “no precinho” para comemorar o ano-novo
Os 6 seguros mais estranhos do mundo
Mega-Sena: Números sorteados do concurso 2807 de hoje, quinta-feira (12)
IPTU: quem tem direito à isenção do imposto?
>