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Dólar hoje sobe após discurso de Jerome Powell sobre juros

Na máxima do dia, a moeda americana chegou a ser comercializada a R$ 5,472; na abertura, o câmbio foi cotado a R$ 5,41

Dólar hoje sobe após discurso de Jerome Powell sobre juros
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O dólar hoje fechou o pregão em alta de 0,21%, custando R$ 5,4474. Na máxima do dia, a moeda americana foi comercializada a R$ 5,472. Na abertura, o câmbio foi cotado a R$ 5,41.

Hoje, o mercado repercutiu as falas do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell. Ele afirmou que o banco central dos Estados Unidos não tem pressa para cortar os juros, frustrando investidores que esperavam uma flexibilização mais rápida.

Após o discurso, as bolsas de Nova York ampliaram as perdas, enquanto o Ibovespa acelerou sua queda no Brasil, e o dólar e os juros futuros subiram.

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Powell explicou que a recente redução de 0,50 ponto percentual nos juros, para a faixa de 4,75% a 5,00%, reflete confiança na manutenção de um mercado de trabalho forte e controle da inflação em torno de 2% ao ano. Ele destacou que, se a economia seguir conforme o esperado, o Fed poderá cortar os juros mais duas vezes este ano, mas as decisões serão avaliadas em cada reunião.

Ele também afirmou que os gastos com consumo devem continuar crescendo, já que renda e poupança estão subindo, e que a inflação de bens e serviços (exceto aluguéis) voltou aos níveis pré-pandemia.

Brasil registra déficit primário de R$ 21,4 bilhões em agosto

No Brasil, as contas do setor público consolidado registraram um déficit primário de R$ 21,4 bilhões em agosto, conforme divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (30).

O déficit primário ocorre quando a arrecadação de impostos não é suficiente para cobrir os gastos, sem levar em conta os juros da dívida pública. Quando acontece o contrário, há um superávit. Esse resultado inclui as contas do governo federal, estados, municípios e empresas estatais.

O valor aponta uma melhora em comparação ao mesmo período do ano anterior, quando o déficit atingiu R$ 22,8 bilhões.

Segundo o Banco Central, o déficit nas contas públicas em agosto foi puxado principalmente pelo desempenho das contas do governo federal, já que estados, municípios e estatais registraram superávit.

Previsão para taxa Selic sobe para 11,75% até o fim deste ano, segundo o Boletim Focus

Pela manhã, o mercado repercutiu o aumento da previsão dos analistas ouvidos pelo Banco Central (BC) para a taxa Selic no final deste ano de 11,50% para 11,75%, conforme o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (30). As projeções para 2025 também foram ajustadas para cima, de 10,50% para 10,75%.

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Para os anos de 2026 e 2027, as expectativas permanecem inalteradas, com as taxas de juros previstas em 9,50% e 9%, respectivamente. Em relação à inflação, a projeção para 2026 foi reduzida de 3,62% para 3,60%. As expectativas para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2024, 2025 e 2027 continuam em 4,37%, 3,97% e 3,50%, respectivamente.

O Produto Interno Bruto (PIB) foi revisto para 2025, com a expectativa de crescimento subindo de 1,90% para 1,92%. Para os demais anos, o crescimento esperado é de 3% em 2024 e 2% em 2026 e 2027.

Por fim, as projeções para o dólar permanecem inalteradas para este e os próximos três anos, com valores esperados de R$ 5,40, R$ 5,35, R$ 5,30 e R$ 5,30, respectivamente.