O dólar hoje fechou em alta, com o clima de maior aversão ao risco nos mercados globais, enquanto investidores acompanham o desenrolar dos conflitos no Oriente Médio. Nesta quinta-feira (3), a moeda americana encerrou o pregão em valorização de 0,53% cotada a R$ 5,4735, depois de oscilar entre máxima a R$ 5,5113 e mínima a R$ 5,4518.
Leia também
No exterior, a divisa também subiu em relação a outras moedas fortes. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de seis pares, encerrou em alta de 0,30%, aos 101,981 pontos.
Investidores procuraram ativos seguros, após a notícia de que o governo dos Estados Unidos avalia apoiar um ataque de Israel à infraestrutura de produção de petróleo do Irã. O temor de um acirramento das tensões no Oriente Médio fez os preços do petróleo dispararem.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o WTI para novembro fechou em alta de 5,14%, a US$ 73,71 o barril, enquanto o Brent para dezembro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), subiu 5,03%, a US$ 77,62 o barril. Ambos alcançaram seus maiores níveis desde agosto.
Em conversa com jornalistas nesta quinta-feira, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que existe uma discussão para definir se o país apoiará um ataque de Israel contra instalações petrolíferas do Irã. Ao ser questionado sobre “permitir retaliações israelenses”, o americano enfatizou que não faz permissões ao país aliado, mas sim o “aconselha”. “Não vai acontecer nada [ataque] hoje. Falaremos sobre isso depois”, afirmou.
Investidores também acompanharam dados nos EUA
No pregão desta quinta, investidores também reagiram à divulgação do índice de gerentes de compras (PMI) do setor de serviços dos Estados Unidos, medido pelo Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês). O indicador subiu para 54,9 em setembro, ante 51,5 em agosto. O resultado superou a expectativa de analistas consultados pela FactSet, que previam alta bem menor do índice no mês passado, a 51,8.
Agora o mercado aguarda o dado mais esperado da semana: o relatório oficial de emprego dos Estados Unidos, conhecido como “payroll”, que engloba informações dos setores privado e público. O resultado, que deve ser divulgado na sexta-feira (4), pode interferir nas decisões futuras de política monetária do Federal Reserve (Fed).
Na quarta-feira (2), o dólar fechou o pregão em queda de 0,35% cotado a R$ 5,4448, depois de oscilar entre máxima a R$ 5,4513 e mínima a R$ 5,4060, enquanto investidores reagiram à decisão da Moody’s de elevar a nota de crédito do Brasil e deixar o País a um passo do “grau de investimento”.
Publicidade
*Com informações do Broadcast