O que este conteúdo fez por você?
- O Ibovespa terminou setembro com uma queda mensal de 3,08%, com decisões de juros no radar dos investidores
- Por aqui, o Copom elevou a Selic a 10,75% ao ano, enquanto o Federal Reserve (Fed) iniciou o ciclo de relaxamento monetário nos Estados Unidos
- Para outubro, consultamos oito bancos e corretoras para entender quais são as ações mais recomendadas agora
Depois de alcançar o seu melhor resultado do ano em agosto, ao subir 6,54% no período, o Ibovespa passou por uma correção e terminou setembro com uma queda mensal de 3,08%. Os grandes destaques do noticiário foram as decisões de juros do Federal Reserve (Fed), nos Estados Unidos, e do Comitê de Política Monetária (Copom), no Brasil.
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Nas terras norte-americanas, aconteceu o tão esperado início do ciclo de afrouxamento monetário. Em 18 de setembro, o Fed optou por cortar a taxa de juros em 50 pontos-base, para a faixa entre 4,75% e 5,00%. Esse foi o primeiro ajuste para baixo desde que a fase de aperto monetário começou, em março de 2022, e o primeiro corte desde 2020.
A decisão foi um gatilho importante para a manutenção da boa performance dos ativos de risco nos Estados Unidos. Índices como o S&P 500 e o Dow Jones chegaram, inclusive, a renovar as máximas históricas de fechamento no último pregão de setembro. No entanto, para o time da Ágora Investimentos, ao cortar os juros em 50 pontos-base, em vez de 25 pontos-base, o Fed passou uma mensagem de que a economia americana pode não estar tão bem assim.
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A corretora entende que possivelmente os ânimos continuarão em alta no exterior, já que historicamente, o quarto trimestre responde por 43% do retorno global anual médio total. “Mas não alteramos materialmente nossa percepção de que os riscos estão se acumulando e acreditamos que, em algum momento no início de 2025, as ‘fichas caiam’ e ajustes mais intensos ocorram em alguns mercados acionários – especialmente entre os americanos”, afirma a equipe da Ágora em relatório.
No Brasil, o Copom decidiu retomar o ciclo de alta da taxa de juros, elevando a Selic de 10,50% para 10,75% ao ano. A medida já vinha sendo esperada pelo mercado, já que o cenário para a política monetária tinha se tornado mais desafiador no País, com a desancoragem das expectativas de inflação e as incertezas em relação à política fiscal. Em seu comunicado, o Banco Central não deu sinalizações sobre o que esperar das próximas reuniões, dizendo apenas que os ajustes futuros dependerão de novos dados.
Na opinião da Ágora, a elevação dos juros no Brasil e o clima constante de temor fiscal pressionaram o desempenho do Ibovespa no último mês. “Nossos já conhecidos desafios relacionados ao ambiente fiscal continuaram impondo maiores prêmios para o posicionamento em renda variável, algo que se somou ao acréscimo de 25 pontos-base na Selic, trazendo-a aos 10,75% ano. Além disso, apesar da ausência de orientações para os próximos passos, é muito provável que esse aperto monetário não pare por aqui”, ressalta o time da corretora.
As principais recomendações para outubro
As ações da JBS (JBSS3), Petrobras (PETR4) e Localiza (RENT3) dividem o topo da lista de indicações dos bancos e corretoras consultados pelo E-Investidor para outubro. Os três papéis contam com quatro menções nas carteiras analisadas. Na sequência, Vale (VALE3) e Cyrela (CYRE3) ficam empatadas no segundo lugar, cada uma com três citações.
Na visão do Itaú BBA, após um 2023 desafiador, com diferentes fatores macroeconômicos e microeconômicos afetando negativamente todas as linhas de negócio da companhia simultaneamente, a JBS deve atravessar um caminho de recuperação pela frente, principalmente decorrente da melhora sequencial no segmento de frango no Brasil e nos Estados Unidos. “Também avaliamos que a empresa pode se beneficiar da apreciação do dólar frente ao real, tendo em vista cerca de 85% da sua operação em moeda estrangeira”, afirma a equipe do banco em relatório.
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Em relação à Petrobras, a Ágora acredita que a tese de investimentos na estatal segue ancorada nas expectativas de retorno total ao acionista através da distribuição de bons dividendos. Pelos seus cálculos, a corretora estima um rendimento médio de dividendos justo de 12% para os próximos cinco anos. “Daqui para frente, é importante monitorar o plano estratégico da companhia, com mais detalhes sobre seu cronograma de capex (investimentos), mas não esperamos grandes mudanças na estratégia de alocação de capital”, ressalta a casa.
Já a Localiza, também presente nas carteiras de quatro casas, pode se beneficiar do rejuvenescimento da frota de veículos, além da perspectiva de expansão no México, que é vista como uma nova avenida de crescimento. Outros fatores positivos, de acordo com a Terra Investimentos, são o cenário de concorrência mais disciplinada e a resiliência da demanda. “A tese de compra se baseia na assimetria positiva resultante da desvalorização dos papéis em 2024, enquanto os preços de carros novos e usados mostram sinais de estabilização, indicando que o pico da depreciação pode estar próximo”, complementa ainda a corretora.
Outra “queridinha” dos bancos e corretoras é a Vale, que subiu 6,65% em setembro, beneficiada nos últimos dias pelo anúncio de um novo pacote de estímulos econômico na China. A Ágora também viu de forma positiva a maior confiança da empresa em atingir o nível de produção de 340 a 360 toneladas em 2026 e o tom da administração sobre o desempenho de custos. “Esperamos que a companhia se beneficie da demanda sazonalmente mais forte de minério de ferro na China e de uma melhora adicional em seus fundamentos”, diz a corretora.
Quanto à Cyrela, que também se destacou nas recomendações, o Itaú BBA enxerga um momento operacional bastante saudável, com queda na duração do estoque e velocidade de vendas acompanhando a alta de lançamentos. A ação é a preferida do banco para o setor de construção civil de média e alta renda. “A maior liquidez da Cyrela em relação aos seus pares, sua disciplina operacional e a posição confortável de balanço fazem da companhia nossa preferência”, indica o BBA.
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Veja a seguir as carteiras recomendadas de ações de todos os bancos e corretoras consultados pelo E-Investidor para outubro:
Ágora
A Ágora realizou apenas uma mudança em sua carteira recomendada de ações para outubro. A corretora retirou as ações da Eletrobras (ELET6) e incluiu os papéis da Eneva (ENEV3).
Ações |
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Eneva (ENEV3) |
Cyrela (CYRE3) |
EcoRodovias(ECOR3) |
BTG Pactual (BPAC11) |
Telefônica Brasil (VIVT3) |
Localiza (RENT3) |
JBS (JBSS3) |
Petrobras (PETR4) |
Sabesp (SPSP3) |
Vale (VALE3) |
BB Investimentos
O BB Investimentos mudou a sua carteira recomendada para outubro por completo. Saíram os papéis do Bradesco (BBDC4), CSN Mineração (CMIN3), Petrobras (PETR4), Petz (PETZ3) e Vale (VALE3), com entrada de Bradespar (BRAP4), CSN (CSNA3), Eneva (ENEV3), SLC Agrícola (SLCE3) e Tim (TIMS3).
Ações |
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Bradespar (BRAP4) |
CSN (CSNA3) |
Eneva (ENEV3) |
SLC Agrícola (SLCE3) |
Tim (TIMS3) |
Empiricus
A Empiricus não alterou a composição da sua carteira para outubro.
Ações |
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Cosan (CSAN3) |
Equatorial (EQTL3) |
Itaú (ITUB4) |
Localiza (RENT3) |
Iguatemi (IGTI11) |
Eletrobras (ELET6) |
Direcional (DIRR3) |
StoneCo (STOC31) |
Prio (PRIO3) |
Grupo SBF (SBFG3) |
Genial
Em relação ao mês de setembro, saíram as ações do Banco do Brasil (BBAS3), Kepler Weber (KEPL3), Petrobras (PETR4) e Vulcabras (VULC3), com entrada dos papéis da CPFL Energia (CPFE3), GPS Participações (GGPS3), JBS (JBSS3) e Sanepar (SAPR11).
Ações |
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CPFL Energia (CPFE3) |
BTG Pactual (BPAC11) |
BR Partners (BRBI11) |
Itaú (ITUB4) |
Engie (EGIE3) |
Energisa (ENGI11) |
GPS Participações (GGPS3) |
JBS (JBSS3) |
Sabesp (SBSP3) |
Sanepar (SAPR11) |
Itaú BBA
O Itaú BBA realizou três alterações em seu Radar de Preferências para outubro. Foram incluídos os papéis da Caixa Seguridade (CXSE3), São Martinho (SMTO3) e Embraer (EMBR3), enquanto B3 (B3SA3), SLC Agrícola (SLCE3) e Santos Brasil (STBP3) saíram.
Ações |
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São Martinho (SMTO3) |
Multiplan (MULT3) |
Caixa Seguridade (CXSE3) |
Bradesco (BBDC4) |
Ânima (ANIM3) |
Direcional (DIRR3) |
Eletromidia (ELMD3) |
Eletrobras (ELET3) |
Cyrela (CYRE3) |
Gerdau (GGBR4) |
Kinea Índice de Preços (KNIP11) |
Embraer (EMBR3) |
JBS (JBSS3) |
Rede D’Or (RDOR3) |
Prio (PRIO3) |
Klabin (KLBN11) |
Guararapes (GUAR3) |
Weg (WEGE3) |
Vivara (VIVA3) |
PagBank
O PagBank fez apenas uma troca em sua carteira recomendada de ações para outubro. A casa retirou os papéis da Embraer (EMBR3) e incluiu os ativos da Tim (TIMS3).
Ações |
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Banco do Brasil (BBAS3) |
Cemig (CMIG4) |
Tim (TIMS3) |
Marcopolo (POMO4) |
Petrobras (PETR4) |
RB Investimentos
Para outubro, a RB realizou três mudanças em sua carteira de ações. Saíram BTG Pactual (BPAC11), Track Field (TFCO4) e Priner (PRNR3), enquanto BB Seguridade (BBSE3), JBS (JBSS3) e Camil (CAML3) entraram.
Ações |
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Embraer (EMBR3) |
Itaú (ITUB4) |
Vale (VALE3) |
RD Saúde (RADL3) |
SYN Prop (SYNE3) |
Smart Fit (SMFT3) |
Plano&Plano (PLPL3) |
Allos (ALOS3) |
BB Seguridade (BBSE3) |
PetroRio (PRIO3) |
Localiza (RENT3) |
Iguatemi (IGTI11) |
JBS (JBSS3) |
Klabin (KLBN11) |
Moura Dubeux (MDNE3) |
Camil (CAML3) |
Equatorial (EQTL3) |
Petrobras (PETR4) |
Direcional (DIRR3) |
Terra Investimentos
A Terra fez uma única mudança em sua carteira recomenda de ações para outubro. Retirou os papéis da Engie (EGIE3) e incluiu os ativos da RD Saúde (RADL3), antiga RaiaDrogasil.
Ações |
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Vale (VALE3) |
Localiza (RENT3) |
Petrobras (PETR4) |
Carrefour (CRFB3) |
Gerdau (GGBR4) |
Arezzo (ARZZ3) |
Cyrela (CYRE3) |
Cosan (CSAN3) |
Suzano (SUZB3) |
RD Saúde (RADL3) |