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Dólar hoje fecha em queda após payroll acima do esperado nos EUA

Dado mostrou a criação de 254 mil empregos em setembro, enquanto mercado esperava geração de 140 mil vagas

Dólar hoje fecha em queda após payroll acima do esperado nos EUA
Nota de dólar. Foto: Adobe Stock

dólar hoje fechou em queda, em dia marcado pela alta do petróleo e pelo desempenho positivo das Bolsas de Nova York, após a publicação do payroll (relatório oficial de emprego dos Estados Unidos). Nesta sexta-feira (4), a moeda americana terminou o pregão em baixa de 0,33% cotada a R$ 5,4556, depois de oscilar entre máxima a R$ 5,5202 e mínima a R$ 5,4532.

No cenário internacional, contudo, a divisa subiu em relação a outras moedas fortes. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de seis pares, encerrou em alta de 0,48%, aos 102,476 pontos.

“A moeda americana acabou se desvalorizando frente ao real, que foi impulsionado pela possível entrada de fluxo comercial positivo e pelo desmonte de posições de hedge (estratégia de proteção de investimentos) no mercado futuro. Esse movimento ocorreu em um cenário contrário olhando o movimento da alta dos juros dos Treasuries (títulos públicos americanos), dos juros locais e do dólar internacionalmente”, afirma Christian Iarussi, especialista em mercado de capitais e sócio da The Hill Capital.

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O payroll americano mostrou a criação de 254 mil empregos em setembro, em termos líquidos. O resultado veio bem acima das expectativas dos analistas consultados pelo Projeções Broadcast, que esperavam geração de 70 mil a 220 mil vagas, com mediana de 140 mil. A taxa de desemprego dos Estados Unidos, por sua vez, caiu a 4,1% em setembro, ante 4,2% em agosto. O mercado projetava que o número se mantivesse estável em relação ao mês anterior.

O dado mostrou a força da economia americana, o que reduziu o temor de uma recessão, mas ao mesmo tempo reacendeu preocupações inflacionárias, reforçando a visão de que o Federal Reserve (Fed) será menos agressivo nos cortes de juros. Ao final do dia, a chance de uma redução de apenas 25 pontos-base nas taxas na reunião de novembro somava 98,9% das possibilidades, segundo a plataforma Fed Watch, do CME Group.

As apostas por um corte menor nos juros foram intensificadas após declarações de Larry Summers, ex-secretário do Tesouro americano. Segundo informações da Bloomberg, ele teria dito, em postagem no X (antigo Twitter), que o relatório de empregos de setembro, melhor que o esperado, mostra que o corte de 50 pontos-base na taxa de juros pelo Fed foi “um erro”, embora não de “grande consequência”.

Na quinta-feira (3), o dólar fechou o pregão em alta de 0,53% cotado a R$ 5,4735, depois de oscilar entre máxima a R$ 5,5113 e mínima a R$ 5,4518, enquanto investidores procuraram ativos seguros em meio ao desenrolar dos conflitos no Oriente Médio.

*Com informações do Broadcast

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