O dólar hoje fechou em queda no mercado doméstico de câmbio, depois de abrir o dia em alta e inverter o sinal só ao final do pregão. Nesta quinta-feira (17), a divisa encerrou em baixa de 0,10% a R$ 5,6596, depois de oscilar entre máxima a R$ 5,6880 e mínima a R$ 5,6585.
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A queda da moeda ao final da sessão foi interpretada como um movimento de “ajuste”, considerando que o patamar acima de R$ 5,65, que a divisa sustenta por três pregões, é considerado elevado e que não houve novidades no noticiário doméstico fiscal.
Já o índice DXY, que mede a moeda ante uma cesta de seis pares fortes, subiu e terminou a sessão em alta de 0,20%, aos 103,795 pontos, influenciado por fatores externos, como a decepção com as novas medidas de estímulo econômico anunciadas pela China.
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Mais cedo, o ministro da Habitação e Desenvolvimento Urbano e Rural da segunda maior economia do mundo, Ni Hong, disse que Pequim aumentou a escala de empréstimos para incorporadoras qualificadas até o fim de 2024. O mercado, no entanto, esperava o anúncio de alguma iniciativa nova de estímulo fiscal, o que não ocorreu.
A decepção dos investidores fez o minério de ferro despencar na sessão. O contrato mais negociado da commodity no mercado futuro da Dalian Commodity Exchange, para janeiro de 2025, fechou em queda de 5,99%, cotado a 746 yuans por tonelada, o equivalente a US$ 104,78.
“Na minha visão, a recente valorização do dólar se justifica pela crescente aversão ao risco global, com receios relacionados à desaceleração da economia chinesa. O pacote de estímulos do país veio abaixo do esperado, gerando preocupações quanto ao impacto nas economias emergentes, como o Brasil, e levando os investidores a buscarem ativos considerados mais seguros, como o dólar”, explica Anderson Silva, head da mesa de renda variável e sócio da GT Capital, sobre o desempenho da moeda no globo.
Dados nos EUA também são monitorados
Nos Estados Unidos, o número de pedidos de auxílio-desemprego caiu 19 mil na semana encerrada em 12 de outubro, para 241 mil, segundo pesquisa divulgada pelo Departamento do Trabalho do país nesta quinta-feira. O resultado veio abaixo da expectativa de analistas consultados pela FactSet, que previam 265 mil solicitações.
Com o sinal de resiliência da economia americana, o mercado ainda via como majoritária a chance de o Federal Reserve (Fed) cortar juros em 25 pontos-base em novembro (88,3%), conforme a ferramenta de monitoramento Fed Watch, do CME Group. Porém, foi ampliada a probabilidade de manutenção das taxas de 6,3% para 11,7%, após os novos dados econômicos do país.
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O dólar sobe 3,90% em outubro. No ano, a moeda acumula valorização de 16,61%.
*Com informações do Broadcast