O dólar no mercado à vista está instável, oscilando entre margem estreita. Abriu com viés de alta, caiu em seguida e voltou a exibir viés positivo há pouco. O mercado opera de olho no fôlego curto do dólar ante divisas emergentes e ligadas a commodities, com viés de baixa ante peso chileno, peso mexicano e rand sul africano e alta modesta ante yuan chinês, rublo e lira turca. O índice DXY recua, com dólar subindo ante iene, mas em baixa ante euro e libra.
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Com a agenda modesta hoje, o ambiente está favorável, com alta das bolsas europeias e em Nova York e dos retornos dos Treasuries. Os investidores repercutem corte de juros na China, abaixo do esperado e apenas na taxa para um ano, e recuo da inflação no atacado na Alemanha.
O Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) cortou a taxa de juros de referência de empréstimos para 1 ano, de 3,55% a 3,45%, porém manteve a para 5 anos, em 4,20%. Na Alemanha, o PPI cedeu 6,0% em julho, na comparação anual, na leitura oficial. O dado é bem recebido neste momento em que o Banco Central Europeu (BCE) ainda enfrenta dificuldades para levar a inflação ao consumidor de volta à meta de 2%.
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Os investidores parecem estar ainda em compasso de espera pelo Simpósio de Jackson Hole, nos EUA, que começa na quinta-feira, mas os destaques serão discursos dos presidentes do Federal Reserve, Jerome Powell, e do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, na sexta-feira.
Os investidores devem buscar sinais sobre os próximos passos na política monetária em meio a sinais econômicos desiguais nas duas regiões e com a inflação muito acima das metas de 2% desses BC. Na agenda interna, a votação do arcabouço fiscal na Câmara está previstao para esta semana e o IPCA-15 de agosto, na sexta-feira, além de palestra do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, amanhã, em evento do Santander.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcou nesta segunda-feira, em Johannesburgo, na África do Sul, para participar da 15ª Cúpula dos Brics, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, acompanha o presidente. No boletim Focus, o destaque foi a elevação da projeção do IPCA de 2023 de 4,84% para 4,90%, com manutenção das estimativas para 2024, em 3,86%; e para 2025 e 2026, em 3,5%. As estimativas no Focus para a Selic foram mantidas em 11,75% no fim deste ano; 9,00% no fim de 2024; e 8,50% no fim de 2025 e fim de 2026.
A projeção para o câmbio aumentou de R$ 4,93 para R$ 4,95 no fim deste ano. Na sexta-feira, a queda dos rendimentos dos Treasuries abriu espaço para uma melhora nos mercados e o dólar à vista fechou em baixa de 0,27%, cotado a R$ 4,9680, enquanto os juros futuros terminaram próximos da estabilidade.
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Porém, na semana passada, o dólar à vista acumulou ganhos de 1,30% ante o real, elevando a valorização acumulada em agosto para 5,04%, e essa forte rentabilidade estimulou uma realização de lucros no câmbio mais cedo, segundo operadores. Às 9h47, o dólar à vista subia 0,10%, a R$ 4,9729. O dólar para setembro caía 0,04 a R$ 4,9830.