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Dólar hoje: moeda opera em queda em meio a movimento de realização de lucros

O dólar volta a se enfraquecer, após cair a R$ 5,4408 (-0,39%) na sexta-feira (21)

Dólar hoje: moeda opera em queda em meio a movimento de realização de lucros
Notas de dólar (Foto: Envato Elements)

O dólar hoje opera em queda, acompanhando a desvalorização da divisa americana no exterior em meio à alta do petróleo. O movimento de realização de lucros no câmbio, iniciado na sexta-feira (21), prossegue, apesar da valorização dos rendimentos dos Treasuries (títulos de renda fixa) e da queda de mais de 3% do minério de ferro na China.

No exterior, não há indicadores nesta segunda-feira (24) e as atenções estão em discursos de dirigentes do Federal Reserve (Fed) e Banco Central Europeu (BCE) . O mercado local olha também o Boletim Focus e a nota do setor externo, divulgados mais cedo.

Após o Comitê de Política Monetária (Copom) manter a Selic em 10,50% na semana passada e rever suas projeções para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a expectativa do mercado para a inflação deste ano foi elevada pela sétima semana consecutiva no Relatório Focus divulgado nesta segunda-feira (24). A mediana das projeções dos analistas para o IPCA de 2024 passou de 3,96% para 3,98%. Um mês antes, era de 3,86%.

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Para 2025, foco principal da política monetária, a projeção subiu pela oitava semana seguida e passou de 3,80% para 3,85%, ante 3,75% de um mês atrás. O mercado manteve ainda a projeção da Selic para 2024 para 10,50% ao ano, mesmo patamar da última semana.

Há um mês, a expectativa era de 10,00%. O câmbio para 2024 passou de R$ 5,13 para R$ 5,15 e, para 2025, de R$ 5,10 também para R$ 5,15, de R$ 5,05 de um mês atrás. Em relação ao setor externo, o Brasil teve déficit de US$ 3,4 bilhões na conta corrente em maio, informou o Banco Central.

Foi o maior rombo para o mês desde 2022, quando o saldo havia sido negativo em US$ 4,269 bilhões. O déficit de maio foi um pouco maior do que a mediana da pesquisa Projeções Broadcast, que indicava déficit de US$ 3,050 bilhões. As estimativas do mercado iam de um déficit de US$ 5,70 bilhões a um superávit de US$ 800 milhões.

A FGV informou que o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) cresceu 1,9 ponto em junho, a 91,1 pontos, na série com ajuste sazonal. Em maio, o indicador havia atingido 89,2 pontos. Com o resultado de segunda-feira (24), a média móvel trimestral do índice subiu 91,2 pontos.

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) arrefeceu de 0,57% para 0,45% entre a segunda e a terceira quadrissemana de junho. No acumulado em 12 meses, a variação passou de 3,99% para 3,87% no período.

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O mercado também monitora a discussão das fontes de receita para cobrir a desoneração da folha de pagamentos e o déficit fiscal deste ano. O líder do governo no Senado e relator do projeto de lei da desoneração, Jaques Wagner (PT-BA), disse na sexta-feira (21) que pode incluir em seu parecer uma alternativa de compensação ao benefício fiscal apenas para este ano.

O dólar volta a se enfraquecer, após cair a R$ 5,4408 (-0,39%) na sexta-feira (21), interrompendo cinco sessões anteriores em alta. Na última quinta-feira (20), o dólar à vista atingiu R$ 5,46 no encerramento dos negócios – maior valor de fechamento desde 22 de julho de 2022 (a R$ 5,49).

Neste mês de junho, a divisa acumula ganhos de cerca de 3,20%% e, neste ano, ao redor de 11,70. O Banco Central informou nesta manhã de segunda-feira (24) que o fluxo cambial total no País está positivo em US$ 4,878 bilhões em junho até o dia 20.