O dólar opera em leve alta no mercado à vista nesta sexta-feira (7) diante da alta das commodities (produtos básicos globais não industrializados), após abertura com viés de alta na esteira do avanço leve dos rendimentos dos Treasuries (títulos de renda fixa). Os investidores ajustam posições após a divulgação do relatório de emprego, o payroll (principal relatório de emprego dos EUA), dos Estados Unidos em maio.
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O indicador é considerado essencial para a calibragem das apostas para a política monetária americana. Segundo o relatório, a economia norte-americana criou 272 mil empregos em maio, em termos líquidos. Já a taxa de desemprego dos EUA aumentou para 4% em maio, ante 3,9% em abril.
Nos últimos dias, uma sequência de dados mais fracos de atividade no país afastou os temores de mais aperto monetário e sugere haver espaço para o Federal Reserve (Fed) começar a reduzir os juros em algum momento neste ano.
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O petróleo subia cerca de 0,6% há pouco e o minério de ferro avançou 0,72% em Dalian, na China, dando fôlego ainda à recuperação externa frente ao dólar de outros pares do real, como peso mexicano, rupia indiana e rand sul africano.
No radar, estão ainda os dados divergentes da balança comercial chinesa. As exportações de Pequim vieram acima do esperado em maio, com um salto anual de 7,6%, mas as importações ficaram aquém do previsto, com aumento de 1,8%.
Na Europa, há decepção com a produção industrial da Alemanha, que caiu 0,1% em abril ante março, contrariando projeções de alta de 0,3%, o que pressiona as bolsas na região. Contudo, a leitura final do Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro apontou crescimento de 0,3% no primeiro trimestre, confirmando duas estimativas preliminares anteriores e em linha com as previsões.
O euro e a libra sobem levemente frente o dólar, após corte de juros pelo Banco Central Europeu (BCE) de 25 pontos-base na quinta-feira (6) pela primeira vez desde 2019. Na Rússia, o banco central manteve a taxa básica de juros em 16% ao ano.
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As atenções nos mercados ficam ainda em palestras do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, e nos diretores de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos, Paulo Picchetti, e de Política Monetária, Gabriel Galípolo.
O Índice Geral de Preços — Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou alta de 0,87% em maio, após uma elevação de 0,72% em abril, divulgou a Fundação Getulio Vargas (FGV) mais cedo.
O resultado do indicador ficou acima do intervalo das previsões do mercado financeiro, que estimavam uma alta entre 0,58% e 0,81%, com mediana positiva de 0,69%, de acordo com as instituições ouvidas pelo Projeções Broadcast. Ainda, o IGP-DI passa a acumular alta de 0,61% no ano e de 0,88% em 12 meses.
Às 10h13, o dólar à vista sobe 0,02%, a R$ 5,28.
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