O dólar hoje no mercado à vista passou a cair, após subir nos primeiros negócios. A queda moderada acompanha o enfraquecimento externo dos juros curtos dos Treasuries (títulos da dívida americana) e do índice DXY (índice que mede o desempenho do dólar ao compará-lo a outras seis divisas relevantes) do dólar ante seis pares principais, que subiam também mais cedo.
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Altas de mais de 0,70% dos preços do petróleo, com acirramento das tensões entre a Rússia e a Ucrânia, e o ganho de 0,34% do minério de ferro na China podem estar induzindo o alívio no câmbio, via realização de lucros e eventual entrada de fluxo comercial no mercado à vista.
Podem estar ecoando ainda a reação positiva do mercado local no fim da tarde da segunda-feira (25) às notícias sobre corte de gastos, enquanto os investidores digerem o novo adiamento do anúncio do pacote fiscal, provavelmente mais para o fim da semana.
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O Broadcast apurou que o plano trará mudanças no Benefício de Prestação Continuada (BPC), no salário mínimo e no abono salarial, além das já ventiladas alterações na previdência dos militares. Não haveria alterações nos pisos de saúde e educação. A expectativa do mercado fica sobre o anúncio do pacote de corte de gastos do governo que pode chegar a R$ 70 bilhões.
Na abertura, o mercado de câmbio olhou ainda o avanço de 0,62% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de novembro, que superou o de outubro (0,54%) e ficou perto do teto das projeções do mercado (0,64%), contribuindo ainda para avanço dos juros futuros mais cedo.
Lá fora, pesaram na alta do DXY mais cedo a promessa de aumento de tarifas comercial em janeiro à China, Mexico e Canadá pelo próximo presidente dos EUA, Donald Trump e acirramento da guerra entre Rússia e Ucrânia.
Em relação ao pacote fiscal, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, disse na véspera que a decisão sobre as medidas “dificilmente” será divulgado nesta terça-feira. O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, se reúne com líderes do governo no Congresso para tratar sobre o pacote de corte de gastos.
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a Casa Civil ainda vai marcar a reunião do governo com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), para detalhar as medidas de corte de gastos. A agenda econômica desta terça-feira trás ainda em destaque a ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).
Às 9h43, a moeda americana à vista caía 0,19%, a R$ 5,7935, após subir mais cedo à máxima intradia de R$ 5,8285 (+0,40%). O dólar futuro de dezembro cedia 0,17%, a R$ 5,7935, após máxima a R$ 5,8285 (+0,43%). O índice DXY do dólar perdia 0,24%, a 106,57, após ter subido até 107,50 no começo do dia. O juro da T-Note 2 anos cedia a 4,243%, de 4,266% no fim da tarde anterior.
Já às 10h30, o dólar cedia levemente 0,03%, a R$ 5,8032.