O dólar hoje fechou em forte queda de 1,31% frente ao real, cotado a R$ 5,4628. Nesta terça-feira (24), o anúncio de novos estímulos por parte da China influenciou o movimento, já que as medidas divulgadas animaram os investidores e impulsionaram o valor das commodities.
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O banco central da China revelou uma série de ações de flexibilização monetária, incluindo reduções no compulsório bancário, na taxa de recompra reversa de sete dias e na taxa de hipotecas existentes, além de iniciativas para incentivar o mercado de ações. Essas medidas tendem a fortalecer a economia chinesa, o que favorece o Brasil, não apenas pela maior demanda chinesa por commodities agrícolas, mas também pelo aumento nos preços de commodities energéticas e metálicas.
No Brasil, o foco do mercado foi a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), realizada na quarta-feira (18), quando os dirigentes decidiram elevar a taxa básica de juros, a Selic, em 0,25%, passando de 10,50% para 10,75%.
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No relatório, a equipe econômica do BC diz que deu início ao ciclo de aperto monetário devido a pressões inflacionárias, com destaque para a desancoragem das expectativas de inflação e uma resiliência maior que o esperado na inflação de serviços.
O Copom também mencionou fatores como a desvalorização do câmbio e um mercado de trabalho aquecido. Embora ainda não haja evidências claras de que pressões salariais estejam impactando os preços, o crescimento real dos salários pode gerar esse efeito no futuro.
O Banco Central manteve flexibilidade para futuros aumentos, sem se comprometer com a magnitude ou ritmo dos ajustes, que dependerão da evolução da inflação e das expectativas do mercado. Alguns analistas já esperam um aumento maior da Selic, de 0,50 ponto percentual, na próxima reunião, a depender dos sinais do BC.
Nos Estados Unidos, o presidente do Federal Reserve de Atlanta, Raphael Bostic, afirmou que a economia americana está “efetivamente” próxima de condições normais. Em discurso no seminário do Centro Europeu de Economia e Finanças, na Universidade de Londres, na segunda-feira (23), Bostic disse que a inflação tem recuado mais rapidamente do que o esperado e está se aproximando da meta de 2%. Ele reforçou que os dados recentes fortalecem sua convicção de que a economia dos EUA está retornando de forma sustentável à estabilidade de preços.
Desde o início do pregão, o câmbio apresentou forte desvalorização em relação à moeda brasileira, com baixa de 0,38%, cotado a R$ 5,5131. Até agora, o dólar teve alta de 0,25% na semana, queda de 1,74% no mês e avanço de 14,05% no ano.
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