- O dólar abriu em queda hoje, após um pregão volátil na véspera
- Ontem, o dólar chegou ao valor mais baixo do dia, custando R$ 5,37
- Em pesquisa, 31% consideram a administração regular e 2% não souberam ou não responderam
O dólar hoje abriu em queda após uma véspera com altos e baixos no pregão. Nesta quinta-feira (11), a moeda americana é negociada a R$ 5,415, uma baixa de 0,08% quando comparado ao dia anterior. Ontem, no valor mais baixo do dia, o dólar custou R$ 5,37. À tarde, passou a registrar um leve aumento e fechou o pregão sendo negociado a R$ 5,416, uma queda de 0,04% quando comparado ao pregão de segunda-feira (8).
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O que influencia a cotação do dólar hoje, no cenário doméstico, é a divulgação da pesquisa da Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (Ipec), com investidores de olho na ligeira melhoria nos índices de avaliação do governo Lula (PT).
A aprovação da gestão petista aumentou de 33%, em março, para 37% em julho, enquanto a reprovação caiu de 32% para 31%. Outros 31% consideram a administração regular e 2% não souberam ou não responderam.
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A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O levantamento foi realizado entre os dias 4 e 8 de julho, com 2 mil entrevistados com 16 anos ou mais em 129 municípios.
Na pesquisa de março do Ipec, a aprovação da gestão Lula havia caído (índices de ótimo e bom) de 38% em dezembro para 33%, atingindo o nível mais baixo do mandato. Na mesma ocasião, a reprovação (índices de ruim e péssimo) aumentou de 30% para 33%. Os dados de julho mostram uma reversão dessa tendência, aproximando-se dos níveis verificados no final do ano passado (quando a aprovação era de 38% e a reprovação, de 30%).
O melhor desempenho numérico do governo Lula 3 na série histórica do Ipec foi em março de 2023, com 41% de ótimo/bom e 24% de ruim/péssimo. Segundo o instituto, neste mês de julho, os avanços mais significativos na aprovação do governo foram entre os moradores do Nordeste (cujo índice de ótimo/bom subiu de 43% para 53%) e entre aqueles com renda familiar mensal de até um salário mínimo (de 39% para 48%).
Cenário externo: Fed não vai esperar inflação a 2% para considerar um corte nas taxas, diz Powell
Nos Estados Unidos, hoje, os investidores estão atentos aos dados do índice de preços ao consumidor (CPI) americano, que começam a ser divulgados às 9h30, horário de Brasília. Se a inflação mostrar sinais de desaceleração, aumentam as apostas de que o primeiro corte de juros pode ocorrer em setembro, o que pode fortalecer o real frente ao dólar.
O mercado financeiro ainda está imerso ao discurso do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, na Comissão de Serviços Financeiros da Câmara dos Representantes. Powell declarou ontem que a política monetária americana está em uma posição restritiva, mas não de forma “extremamente” restritiva. Ele indicou que a taxa neutra de juros é agora mais alta do que era anteriormente.
Durante uma audiência na Câmara dos Representantes, Powell mencionou que não espera que as taxas de juros básicas retornem aos níveis baixos observados antes da pandemia. “Dissemos que não devemos esperar que a inflação baixe até 2%, porque a inflação tem um certo ímpeto”, disse.
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Ele reconheceu que o combate à inflação ainda não está completo e que ainda há um caminho a percorrer para garantir a estabilidade dos preços. No entanto, ele destacou que a autoridade monetária também deve prestar atenção ao mercado de trabalho. “Se esperarmos tanto, provavelmente teremos esperado demais” para cortar as taxas de juros. Nesse cenário, a inflação ficaria muito abaixo do nível alvo, o que também é um resultado indesejável”, completou.
Powell acrescentou que os riscos entre esses dois fatores estão mais equilibrados. Ele afirmou que é possível alcançar a estabilidade dos preços enquanto a taxa de desemprego permanece baixa, um cenário conhecido como “pouso suave”.
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