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- Às 9h39, o dólar à vista caía 0,15%, a R$ 4,9330. O dólar para outubro recuava 0,27%, a R$ 4,9515.
Com liquidez reduzida pelo feriado nos EUA, o dólar opera em baixa moderada no mercado à vista, com uma realização de lucros induzida pela desvalorização do índice DXY, após ganhos acumulados na semana passada lá fora (+0,15%, na sexta semana seguida de ganhos) e ante o real (+1,33%). Investidores olham as projeções de alta do PIB de 2023 e leve redução no déficit primário esperado para 2024 no boletim Focus. Há expectativas hoje pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em evento do JP Morgan (14h).
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Repercute positivamente hoje a notícia de que a incorporadora chinesa Country Garden conseguiu estender o vencimento de um bônus, evitando um default e levando as Bolsas de Xangai, Seul e Tóquio a terminarem nas máximas do dia. Medidas recentes da China para apoiar o setor imobiliário ajudaram também, com grandes cidades relaxando restrições e políticas para a compra de residências. Lá fora, o euro sobe com expectativas por discurso da presidente do BCE, Christine Lagarde (10h30).
A moeda americana opera sem sinal único frente divisas emergentes e ligadas a commodities e com fôlego curto para ambos os lados. O presidente chinês, Xi Jinping, aparentemente não irá à reunião de líderes do G20 nesta semana, na Índia, em momento de relações bilaterais frias com a anfitriã. O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, representará Pequim na reunião dos dias 9 e 10 de setembro, informou a chancelaria chinesa nesta segunda-feira, em breve comunicado no seu site.
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No boletim Focus, o destaque é o salto na projeção de alta do Produto Interno Bruto (PIB) de 2023, de 2,31% para 2,56%, após novo resultado forte e surpreendente do PIB no segundo trimestre (0,9%), acima da mediana do mercado (+0,03%) e perto do teto das expectativas (+1,1%) colhidas pelo Projeções Broadcast. Para 2024, o Relatório Focus, por sua vez, mostrou recuo marginal da estimativa de crescimento do PIB, de 1,33% para 1,32%, ante 1,30% de um mês atrás.
Considerando apenas as 30 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa para o PIB de 2024 passou de 1,22% para 1,44%. Em meio a desconfianças no mercado sobre cumprimento da meta fiscal zero do governo federal em 2024, o Boletim Focus mostrou uma leve redução no déficit primário esperado para 2024 após a apresentação pelo governo do projeto de lei orçamentária do ano que vem e das medidas de arrecadação extra para buscar o resultado primário neutro ao Congresso.
A expectativa de déficit primário em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) em 2024 cedeu de 0,75% para 0,71%, contra 0,80% há um mês. Para o resultado nominal também houve diminuição da mediana deficitária, de 6,90% para 6,80% do PIB, de 6,90% quatro semanas antes. No Ploa, o governo prevê um pequeno superávit primário de 2,8 bilhões, o que representa 0% do PIB.
O Ministério da Fazenda espera arrecadar R$ 168 bilhões em medidas extras. A estimativa para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB em 2024 se manteve em 63,95%, de 64,00% há quatro semanas. Para este ano, a estimativa para a dívida líquida variou de 60,60% para 60,45%. Há quatro semanas, a expectativa era de 60,60% do PIB. O Ministério da Fazenda sustenta que deve entregar um resultado deficitário de 1% do PIB em 2023, ou menor.
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O déficit nominal projetado na Focus passou de 7,40% para 7,45% do PIB, contra 7,48% há um mês. Após o PIB, o ministro Fernando Haddad indicou que a projeção oficial do PIB para este ano deve subir de 2,5% para algo próximo a 3%, mas que a Secretaria de Política Econômica (SPE) vai divulgar o novo número de forma ordenada. No Banco Central, a estimativa atual é de 2%, conforme o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de junho, mas o presidente do BC, Roberto Campos Neto, disse na última sexta-feira que o mercado deve revisar o número para entre 2,5% e 3%.
Às 9h39, o dólar à vista caía 0,15%, a R$ 4,9330. O dólar para outubro recuava 0,27%, a R$ 4,9515.