(Silvana Rocha, Estadão Conteúdo) – O dólar opera em alta moderada no mercado local, acompanhando a valorização persistente da moeda americana ante pares principais e as divisas emergentes e ligadas a commodities no exterior.
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A demanda por proteção se mantém em meio a dúvidas sobre o ritmo de alta de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) em setembro e expectativas por sinalizações no simpósio anual do Fed, em Jackson Hole, que começa quinta-feira e terá discurso do seu presidente, Jerome Powell, na sexta-feira.
As divulgações do PIB dos Estados Unidos e da ata de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) também são esperado para quinta, e o índice de inflação PCE norte-americano, na sexta-feira.
Hoje, os investidores estão analisando o boletim Focus, do Banco Central e, no exterior, a decisão da China de cortar suas principais taxas de juros. Além disso, Pequim decidiu estender até pelo menos quinta-feira (25) um racionamento de energia que forçou fábricas no sudoeste do país a interromper atividades, devido aos baixos níveis de água nos reservatórios de hidrelétricas, segundo comunicado divulgado pela mídia local, em mais uma consequência do verão mais quente a atingir os chineses em várias décadas.
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O relatório Focus trouxe desaceleração das expectativas para IPCA em 2022 e 2023, enquanto a para 2024, que está no radar do Banco Central, ficou estável. Após 19 semanas de alta, a estimativa de IPCA para 2023, foco principal da política monetária, cedeu de 5,38% para 5,33%, ainda acima da meta. Os investidores devem monitorar também as reuniões trimestrais de diretores do Banco Central com economistas, marcadas para hoje e amanhã. À noite, está programado o início das sabatinas com os presidenciáveis promovidas pelo Jornal Nacional e o entrevistado nesta segunda-feira será o presidente Jair Bolsonaro (PL). Na agenda semanal, as atenções estarão no IPCA-15 de julho, na quarta-feira.
A exemplo das últimas sessões, o petróleo segue volátil no mercado futuro, e há pouco os contratos viraram para território negativo. Investidores pesam fatores sobre a demanda e a oferta da commodity, dias após notícias sobre redução brusca dos estoques nos EUA e avanço nas conversas para a retomada do acordo nuclear entre países desenvolvidos e o Irã. Às 9h36, o dólar à vista subia 0,39%, a R$ 5,1879, após acumular ganhos de 1,85% na semana passada. O dólar para setembro ganhava 0,29%, a R$ 5,2035.