O dólar passou a subir, ajustando-se à tendência de valorização no exterior na manhã desta segunda-feira (7), após abertura em queda, com uma realização. Na semana passada, a moeda americana caiu na sessão de sexta-feira, mas acumulou ganhos ante o real de 3,08% na semana, a primeira do mês de agosto, ante perda contabilizada de 1,25% em julho.
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A semana traz uma agenda importante para balizar as apostas de cortes da Selic na reunião de setembro, com a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), amanhã, e o IPCA de julho, na sexta-feira. No câmbio, os investidores olham a oferta de ações da Copel, que já tem o dobro de interessados e soma R$ 10 bilhões em demanda, com forte atração de investidores estrangeiros. É possível ingressos de capitais para essa operação, segundo um operador de câmbio.
No Boletim Focus, divulgado mais cedo, a maioria das expectativas de inflação ficou estável, mas a de 2024, o foco do BC, melhorou, após o corte da Selic de 50 pontos-base, para 13,25%, na semana passada, e sinalização de mais uma redução também de 50 pontos-base na reunião de setembro.
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A mediana das estimativas para IPCA de 2024 passou de 3,89%, para 3,88%. Para 2023, 2025 e 2026 seguem em 4,84%, 3,50% e 3,50%, segundo o boletim Focus.
Após o Copom, o mercado passou a ver Selic menor no fim de 2023, a 11,75%, de 12,00% antes. A maioria das instituições consultadas, 59 de 72 casas (81,9%), prevê três cortes de 50 p.b. por reunião até o fim do ano. O fim do ciclo de cortes continua estimado para a sexta reunião do Copom em 2024, em setembro, segundo a moda das estimativas. A mediana para o nível da taxa ao fim do ciclo segue em 9,0%.
Também foi informado que o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou queda de 0,40% em julho, após uma redução de 1,45% em junho, ligeiramente menos negativo que a mediana das estimativas colhidas pelo Projeções Broadcast, de -0,42%. O intervalo das projeções ia de queda de 0,69% a recuo de 0,13%.
No exterior, os investidores aguardam o índice de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos, na quinta-feira. Nesta manhã, os retornos dos bônus da Europa operam em alta, em meio a renovadas preocupações com a inflação e o consequente aperto monetário para contê-la. Analistas do Commerzbank dizem que o movimento desta segunda-feira mostrava renovado foco nos preços, após na sexta-feira o payroll misto dos EUA ter influído positivamente.
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Com isso, o juro do bônus de 30 anos da Alemanha (Bund) operava em alta a 2,712%, nas máximas desde janeiro de 2014, por volta das 7h30 (de Brasília). O juro do bund de 10 anos tinha alta a 2,629%, o do bônus de 10 anos do Reino Unido avançava a 4,472%, o da França a 3,163% e o da Itália, a 4,304%. Hoje cedo, o monitoramento do CME Group apontava que a expectativa majoritária para a próxima decisão, de 20 de setembro, era pela manutenção de juros, com 84,5%, e 13,5% de chance de uma alta de 25 pontos-base nos juros pelo Fed.
Após o payroll misto na sexta-feira, os dados de inflação são apontados por vários analistas como elementos ainda mais decisivos para a decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e importante para as curvas de juros globais.
O presidente do Fed de NY, John Williams, afirmou esperar que a atuação do BC para desacelerar a economia esteja perto de seu pico e acrescentou esperar que as taxas de juros possam começar a cair no próximo ano. Já a diretora do Fed Michelle Bowman acredita que altas adicionais nos juros dos Estados Unidos provavelmente serão necessárias para trazer a inflação para a meta de 2% a médio prazo.
Às 9h28, o dólar à vista tinha alta de 0,33%, aos R$ 4,8916. O dólar para setembro avançava 0,30%, aos R$ 4,9135.
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