O dólar recuou contra divisas estrangeiras nesta segunda-feira (8), enquanto investidores ponderam suas apostas para os juros nos EUA e aguardam mais dados de inflação no país, a divulgação da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) e novos comentários de dirigentes do banco central no decorrer da semana. O tom de cautela fez os mercados reavaliarem quando o Fed começará sua flexibilização monetária.
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No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 151,83 ienes, o euro avançava a US$ 1,0860 e a libra tinha alta a US$ 1,2656. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou baixa de 0,15%, a 104,140 pontos.
Na sexta-feira, o relatório de empregos (payroll) de março mostrou um mercado de trabalho mais forte do que o esperado nos EUA e fez subirem as apostas por cortes de juros no país apenas em julho. “O relatório mais forte sobre o emprego nos EUA de foi uma verdadeira surpresa, decepcionando aqueles que estavam convencidos de que o Fed iria cortar as taxas de juro em junho”, escreve Fawad Razaqzada, do City Index. Ele aposta que os dados desta semana dos EUA continuarão apontando para uma resiliência surpreendente.
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Segundo a ferramenta do CME Group, às 17h (de Brasília), a chance estimada de corte na reunião de junho era de 51,3%, contra 48,7% de manutenção.
Do outro lado do Atlântico, investidores monitoram a decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), que será divulgada na quinta-feira. Segundo analistas, o BCE deve sinalizar o primeiro corte de juros em junho, podendo iniciar o afrouxamento monetário antes do Fed.
Entre emergentes, hoje o peso mexicano atingiu o valor mais alto desde 2015, consolidando o movimento de alta recente. Os ativos do México vêm sendo beneficiados pelos sinais de que o Banco Central do país continuará um dos mais cautelosos entre emergentes no ciclo de cortes de juros, diante da resiliência da economia local. A força dos indicadores nos EUA também ajuda o vizinho latino-americano, que têm atividade bastante exposta à dos americanos.