O dólar subiu ante a libra e o euro, após fala de dirigente do Federal Reserve (Fed) reforçar perspectiva de juros restritivos por mais tempo nos EUA. No entanto, a moeda americana caiu ante o iene, em meio às expectativas por uma mudança na política ultra-acomodatícia do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês). Entre emergentes, o yuan se desvalorizou em relação ao dólar mesmo após intervenção cambial do BC chinês.
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O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de seis rivais fortes, fechou em alta de 0,25%, a 103,563 pontos.
O dólar operava em baixa ante outros pares fortes na madrugada e passou a subir pela manhã, quando o presidente da distrital de Richmond do Fed, Thomas Barkin, defendeu a importância de retornar a inflação à meta de 2% durante discurso. O City Index destacou que a força da moeda tem sido impulsionada pelos juros dos Treasuries, em um momento em que os rendimentos dos títulos públicos americanos têm alcançado patamares recordes – hoje com a ponta curta em destaque. Por volta das 17h, o euro recuava a US$ 1,0846 e a libra cedia a US$ 1,2730.
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A moeda europeia, antes de recuar, chegou a bater US$ 1,0930, no maior nível em quase uma semana, destacou a Convera em relatório. “Para uma melhor leitura sobre o sentimento subjacente do euro, o mercado vai olhar para os índices preliminares dos gerentes de compras (PMIs) na quarta-feira, 23, sobre o crescimento industrial da Alemanha e da zona do euro. Ambas as pesquisas deverão permanecer abaixo de 50, terreno que sinaliza contração econômica”, comentou a consultoria.
Na Ásia, o iene oscilou contra o dólar durante o dia e subia neste fim de tarde, com o mercado atento para uma possível intervenção do governo japonês. Mais cedo, a moeda ganhou fôlego após reunião do presidente do BoJ com o primeiro-ministro do Japão, e devolveu após a imprensa reportar que as autoridades não discutiram o mercado de câmbio. “O risco de uma intervenção do BoJ vai subir com cada aumento acima de 147 [ienes]”, escreveu o City Index Na marcação, o dólar recuava a 145,88 ienes.
O yuan caiu frente ao dólar, mesmo depois de o Banco do Povo da China (PBoC) anunciar medidas para evitar uma desvalorização mais acentuada no valor da moeda chinesa e fixar a paridade do dólar em 7,1992 yuans. O yuan offshore, negociado em Hong Kong, atingiu mínima intraday desde novembro de 2022, a 7,3170. O BBH avaliou que as tentativas de conter a depreciação vão ter efeito temporário, mas não são capazes de reverter a queda da moeda, que deve atingir novas mínimas históricas frente ao dólar. Na marcação, o dólar operava em 7,3051 yuans offshore (USD/CNH).
