

Os índices futuros das bolsas de Nova York operam sem direção única nesta quarta-feira (10), após Wall Street acumular ganhos nos dois últimos pregões, com recordes de fechamento ontem. Dow Jones é o único a apresentar queda nesta manhã.
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Os índices futuros das bolsas de Nova York operam sem direção única nesta quarta-feira (10), após Wall Street acumular ganhos nos dois últimos pregões, com recordes de fechamento ontem. Dow Jones é o único a apresentar queda nesta manhã.
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Investidores reagem a dados da inflação ao produtor (PPI) dos EUA em meio a expectativas de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) voltará a cortar juros a partir do próximo dia 17. A agenda dos EUA de hoje também traz pesquisa mensal sobre estoques no atacado.
O mercado ainda acompanha os conflitos geopolíticos com guerra tarifária imposta pelo presidente dos EUA, Donald Trump. Desta vez, o republicano ameaça impor mais sanções à Índia e à China (leia mais abaixo).
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Em paralelo, um tribunal federal de Washington decidiu na terça-feira (9) que a diretora do Fed, Lisa Cook, pode permanecer no cargo enquanto enfrenta a tentativa de Trump de removê-la.
O índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos caiu 0,1% em agosto ante julho, segundo pesquisa divulgada pelo Departamento do Trabalho do país nesta quarta-feira. Na comparação anual, o PPI avançou 2,6% em agosto. Analistas consultados pela FactSet projetavam alta mensal de 0,4% e acréscimo anual de 3,3% em agosto.
Após o resultado de agosto, as chances de que o Fed volte a cortar juros continuaram em 89,2%, aponta CME.
O presidente dos EUA, Donald Trump, pediu à União Europeia que imponha tarifas de até 100% sobre a Índia e a China como parte de um esforço conjunto para aumentar a pressão sobre a Rússia pelo fim da guerra na Ucrânia, segundo o Financial Times. Trump também afirmou que fará hoje uma “declaração completa” sobre Israel, após o governo israelense realizar um ataque contra o Hamas no Catar.
O dólar hoje opera perto da estabilidade ante outras moedas de economias desenvolvidas nesta quarta-feira. Já os rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) operam perto da estabilidade, depois de avançarem na sessão anterior.
Como explica Jeff Patzlaff, planejador financeiro e especialista em investimentos, os EUA ainda são o maior centro financeiro do mundo. Isso significa que mercados, sobretudo emergentes – como o Brasil – ficarão mais sensíveis ao desempenho americano.
Já Danilo Coelho, economista e especialista em investimentos, explica que bolsas de valores no geral, por serem ativos de risco, têm uma correlação. Ouça sua explicação:
No entanto, isso não é uma regra. Os movimentos dos mercados brasileiros e americanos costumam ir na mesma direção, mas com algumas exceções, dependendo do contexto.
“O Ibovespa costuma andar na contramão quando há uma agenda interna forte no Brasil, seja positiva ou negativa, por exemplo, se o Congresso aprova uma reforma importante ou se o Banco Central sinaliza uma redução de juros por aqui, o mercado local pode reagir bem, mesmo se o exterior estiver ruim”, explica Patzlaff.
Ao mesmo tempo, quando surgem crises políticas, ruídos entre Executivo e Legislativo, ou revisões negativas nas projeções fiscais, o Ibovespa pode cair mesmo com Wall Street subindo.
Às 9h32 (de Brasília), no mercado futuro, o Dow Jones caía 0,18%, enquanto o S&P 500 avançava 0,31% e o Nasdaq subia 0,30%. Já o índice DXY do dólar – que acompanha as flutuações da moeda americana em relação a outras seis divisas relevantes – tinha alta marginal de 0,07%, a 97,77 pontos.
*Com informações de Sergio Caldas, do Broadcast
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