As bolsas de Nova York fecham sem direção única nesta quarta-feira (10) após Wall Street acumular ganhos nos dois últimos dias, com recordes de fechamento ontem. Dow Jones é o único que encerra sessão em em sinal negativo.
Publicidade
As bolsas de Nova York fecham sem direção única nesta quarta-feira (10) após Wall Street acumular ganhos nos dois últimos dias, com recordes de fechamento ontem. Dow Jones é o único que encerra sessão em em sinal negativo.
CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE
Investidores reagem a dados da inflação ao produtor (PPI) dos EUA em meio a expectativas de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) voltará a cortar juros a partir do próximo dia 17. A agenda dos EUA de hoje também trouxe a pesquisa mensal sobre estoques no atacado.
O mercado ainda acompanha os conflitos geopolíticos com guerra tarifária imposta pelo presidente dos EUA, Donald Trump. Desta vez, o republicano ameaça impor mais sanções à Índia e à China (leia mais abaixo).
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
Em paralelo, um tribunal federal de Washington decidiu na terça-feira (9) que a diretora do Fed, Lisa Cook, pode permanecer no cargo enquanto enfrenta a tentativa de Trump de removê-la.
O índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos caiu 0,1% em agosto ante julho, segundo pesquisa divulgada pelo Departamento do Trabalho do país nesta quarta-feira. Na comparação anual, o PPI avançou 2,6% em agosto. Analistas consultados pela FactSet projetavam alta mensal de 0,4% e acréscimo anual de 3,3% em agosto.
Na esteira do indicador, as chances de que o Fed corte juros em 75 pontos-base até dezembro – sugerindo três reduções consecutivas de 25 pontos-base – aumentaram para quase 67,5%, segundo a ferramenta FedWatch do CME Group. Antes do PPI, essa hipótese estava em torno de 61%.
O presidente dos EUA, Donald Trump, pediu à União Europeia que imponha tarifas de até 100% sobre a Índia e a China como parte de um esforço conjunto para aumentar a pressão sobre a Rússia pelo fim da guerra na Ucrânia, segundo o Financial Times. Trump também afirmou que fará hoje uma “declaração completa” sobre Israel, após o governo israelense realizar um ataque contra o Hamas no Catar.
O dólar hoje operou perto da estabilidade ante outras moedas de economias desenvolvidas nesta quarta-feira. Já os rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) recuaram durante o prgão, depois de avançarem na sessão anterior.
Como explica Jeff Patzlaff, planejador financeiro e especialista em investimentos, os EUA ainda são o maior centro financeiro do mundo. Isso significa que mercados, sobretudo emergentes – como o Brasil – ficarão mais sensíveis ao desempenho americano.
Já Danilo Coelho, economista e especialista em investimentos, explica que bolsas de valores no geral, por serem ativos de risco, têm uma correlação. Ouça sua explicação:
No entanto, isso não é uma regra. Os movimentos dos mercados brasileiros e americanos costumam ir na mesma direção, mas com algumas exceções, dependendo do contexto.
“O Ibovespa costuma andar na contramão quando há uma agenda interna forte no Brasil, seja positiva ou negativa, por exemplo, se o Congresso aprova uma reforma importante ou se o Banco Central sinaliza uma redução de juros por aqui, o mercado local pode reagir bem, mesmo se o exterior estiver ruim”, explica Patzlaff.
Ao mesmo tempo, quando surgem crises políticas, ruídos entre Executivo e Legislativo, ou revisões negativas nas projeções fiscais, o Ibovespa pode cair mesmo com Wall Street subindo.
O índice Dow Jones fechou em baixa de 0,48%, aos 45.490,92 pontos, enquanto o S&P 500 avançou 0,30%, aos 6.532,04 pontos, estabelecendo outra máxima histórica. O Nasdaq também marcou recorde histórico de fechamento, em 21.886,06 pontos, após alta de 0,03%.
*Com informações de Sergio Caldas, do Broadcast
Publicidade
Invista em informação
As notícias mais importantes sobre mercado, investimentos e finanças pessoais direto no seu navegador