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EcoRodovias (ECOR3): o que desencadeou alta de 120% no lucro do 2º Tri?

Analistas do Citi e da XP avaliam os resultados da companhia divulgados na quarta-feira (31)

EcoRodovias (ECOR3): o que desencadeou alta de 120% no lucro do 2º Tri?
Rodovias. (Foto: Adobe Stock)

EcoRodovias (ECOR3) registrou lucro líquido de R$ 272,5 milhões no segundo trimestre de 2024. O montante representa alta de 120,3% em comparação ao mesmo período do ano passado, segundo balanço divulgado na quarta-feira (31).

Entre abril e junho, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da companhia somou R$ 1,145 bilhão, 24,8% maior do que um ano antes. A margem Ebitda ajustada ficou em 73,8%, avanço de 2,2 pontos porcentuais na mesma base comparativa. Veja mais detalhes nesta matéria.

Análises do balanço da EcoRodovias

Citi

O Citi considerou os resultados do segundo trimestre da EcoRodovias como encorajadores, destacando a margem Ebitda positiva no período e forte conversão de caixa impulsionando uma melhoria sequencial na alavancagem financeira.

Em relatório, os analistas Stephen Trent, Filipe Nielsen e Jay Singh afirmam que as melhorias de eficiência de custos da empresa parecem interessantes, mesmo que os requisitos futuros de investimentos (capex) ainda pareçam exigentes.

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Para eles, o aumento do pedágio de fluxo livre da empresa pode dar suporte a uma expansão adicional da margem, além da melhoria progressiva vista até agora. A EcoRodovias espera começar a converter seus postos de pedágio na concessão EcoNoroeste no segundo semestre de 2024, com conversão progressiva de todos os dez postos nesta concessão até 2030. “Com os riscos de inadimplência totalmente compensados pelo governo, a oportunidade de redução de custos deste processo parece muito interessante”, avaliam.

A receita líquida, excluindo a receita de construção, aumentou 21,2% ante um ano para R$ 1,55 bilhão, ante previsão de R$ 1,60 bilhão do Citi. O Ebitda ajustado da empresa foi de R$ 1,14 bilhão, em linha com R$ 1,16 bilhão do banco

Com base na otimização de custos e iniciativas digitais, a margem Ebitda ajustada aumentou 2,2 pontos porcentuais (p.p.) ante um ano para 73,8% neste trimestre, melhor do que os 72,7% esperados pelo Citi. “Abaixo da linha do Ebitda, os resultados financeiros e a tributação foram menores do que esperávamos”, afirmam.

Os profissionais destacam ainda que durante o trimestre, a EcoRodovias gerou R$ 97 milhões de fluxo de caixa livre (FCF), excluindo investimentos financeiros. Isso é melhor do que a queima de caixa esperada do Citi de R$ 230 milhões. O Capex de R$ 1,02 bilhão foi ligeiramente maior do que os R$ 946 milhões do Citi, e o fluxo de caixa operacional foi o principal impulsionador da surpresa positiva. A alavancagem medida pela dívida líquida/Ebitda encerrou o trimestre em 3,3 vezes, contra 3,5 vezes e 3,4 vezes do Citi.

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O Citi manteve recomendação neutra para EcoRodovias, com preço-alvo de R$ 7, o que representa um potencial de desvalorização de 1,3% sobre o fechamento da ação da empresa no pregão de quarta-feira (31).

XP

A XP Investimentos classificou os resultados do segundo trimestre da Ecorodovias como positivos, melhores do que o esperado, e reiterou sua recomendação de compra para as ações da empresa. O lucro líquido veio 16% acima da expectativa da corretora.

Os analistas Pedro Bruno, Bruno Vidal e Matheus Sant’anna destacaram como pontos fortes a forte receita comparável de rodovias com pedágio, devido ao forte crescimento do tráfego e ajustes tarifários, e as novas concessões, que contribuíram para o crescimento da receita.

Além disso, a corretora ressaltou em relatório que a EcoRodovias (ECOR3) continuou seu processo de desalavancagem, apesar do perfil de capex ainda elevado.

*Com informações do Broadcast

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