A Ativa Investimentos afirma que voltou a enxergar a Eletrobras (ELET3; ELET6) trabalhando bem na obtenção de avanços operacionais após os resultados do primeiro trimestre de 2024, com melhor contratação de seu portfólio em geração e redução de suas despesas com pessoal, material, serviços de terceiros e outras despesas (PMSO).
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“Ainda que as ações sigam repercutindo ruídos políticos e os ainda baixos preços de energia, continuamos a acreditar que os seus múltiplos atuais não refletem inteiramente o seu potencial”, escreve o analista Ilan Arbetman, em relatório.
Outro ponto positivo do balanço foi a maior efetividade na negociação de acordos de compulsórios.
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Nos três primeiros meses deste ano, a Eletrobras apresentou maiores receitas em geração diante de um maior volume de vendas de energia, segundo a Ativa. Já em transmissão, o avanço da RAP ratificou a leve surpresa positiva em seu top line (receita).
Apesar de registrar maiores custos com compra de energia, a queda de em PMSO e de provisionamentos levaram a empresa a reportar um Ebitda ( lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) 9% acima do esperado pela casa.
“Com um resultado financeiro mais oneroso na comparação anual, seu lucro líquido acabou menor do que Projetávamos [-38,4%], mas ainda assim temos uma impressão positiva dos resultados obtidos pela empresa neste primeiro trimestre de 2024″, diz Arbetman.
Do lado negativo, o analista menciona: aumento da provisão para perdas estimadas em crédito de liquidação duvidosa, mais onerosas neste trimestre em função de questões envolvendo a Amazonas Energia; e o lançamento de R$ 128 milhões em provisões em função de resultado de laudos atuariais.
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A Ativa diz ainda que a alavancagem da Eletrobras, próxima a 2,0 vezes, é saudável. A companhia fechou o primeiro trimestre do ano com um caixa de R$ 17,3 bilhões (versus R$ 19 bilhões no quarto trimestre de 2023) e uma dívida líquida de R$ 43 bilhões (versus R$ 41,8 bilhões no quarto trimestre).
A Ativa reitera recomendação de compra para Eletrobras. O preço-alvo de R$ 54,00 por ação ordinária equivale a um potencial de valorização de 36,4% sobre o fechamento de quarta-feira (8).