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Empresas brasileiras seguem sofrendo com condições financeiras, diz Santander

O banco apontou ainda quais empresas foram destaques positivos e negativos no balanço trimestral

Empresas brasileiras seguem sofrendo com condições financeiras, diz Santander
Santander Brasil (SANB11). Foto: REUTERS/Kacper Pempel.

Em linha com outros bancos, a equipe de analistas do Santander (BCSA34) avalia que as empresas brasileiras continuaram sofrendo com as condições financeiras apertadas no terceiro trimestre. Como no período imediatamente anterior, essa realidade foi mostrada pelo declínio médio de 23% no lucro líquido das companhias que cobrem. Na comparação anual, a queda da lucratividade foi de 4% e a geração de caixa medida pelo Ebitda (lucro antes de impostos, depreciações e amortizações, em inglês), de 8%.

“A palavra mais usada nas teleconferências de resultados é ‘crescimento'”, escreveu o banco, em relatório. “O motivo diz respeito à preocupação dos investidores sobre quando essa retomada voltará a acontecer.” Essa sensação também foi reforçada, diz o Santander, pela perspectiva de queda no crescimento econômico brasileiro, durante o terceiro trimestre. A expectativa do banco é que o Produto Interno Bruto (PIB) caia 0,3% no período.

A percepção foi ainda sinalizada pelo maior uso, nas teles, de palavras como “desaceleração, incerteza e desafios”, em relação a trimestres anteriores. “Nesse sentido, a frequência de palavras como ‘inovação e digital’ permaneceram nos mesmos patamares, em linha com o objetivo das empresas de preservar caixa e margens”, escrevem. A palavra “inflação“, porém, caiu em desuso, conforme a alta de preços passou a ser mais bem controlada.

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Os destaques de baixa nos balanços trimestrais foram os setores de papel e celulose, óleo, gás e petroquímicos, cujas empresas foram afetadas pelas condições de crédito. Já as áreas de transporte, instituições financeiras, educação e construção civil reportaram os maiores crescimentos em relação ao mesmo período do ano anterior.

“Em termos de empresas, os destaques positivos foram Hapvida (HAPV3), Rumo (RAIL3), Banco Inter (INBR32), e Ultrapar (UGPA3), enquanto os negativos foram Bradesco (BBDC4), Usiminas (USIM5), Eztec (EZTC3) e Lojas Renner (LREN3)”, disseram.

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