Publicidade

Tempo Real

Empresas pagam valor recorde em juros sobre capital próprio em 2023

O dado faz parte do estudo da Meu Dividendo, serviço que antecipa esses proventos ao investidor

Empresas pagam valor recorde em juros sobre capital próprio em 2023
(Foto: Envato Elements)

A reforma tributária afetou a vida das empresas brasileiras antes mesmo de ser finalmente aprovada na noite da última sexta-feira no Congresso. Em meio às discussões do texto e das mudanças propostas pelo governo nos Juros sobre o Capital Próprio (JCP), uma das formas de se distribuir dividendos no Brasil, a modalidade bateu recorde em volume de distribuição, somando R$ 100 bilhões em 2023, de acordo com estudo da Meu Dividendo, serviço que antecipa esses proventos ao investidor. O governo quer aumentar a tributação dessa modalidade e muitas empresas se anteciparam às mudanças.

O JCP respondeu por 44% dos proventos distribuídos aos investidores pelas empresas em 2023. O porcentual foi bem acima dos níveis dos dois últimos anos, com 26% e 28%, respectivamente em 2021 e 2022. O governo tem criticado a modalidade como uma forma de as empresas “fugirem de suas responsabilidades tributárias”. Mas boa parte das empresas estatais preferem distribuir proventos dessa forma, aponta a Meu Dividendo.

Na modalidade, o investidor que recebe o JCP tem 15% de Imposto de Renda retido na fonte e a empresa deduz esse valor de sua base de cálculo do IR e da contribuição social. Inicialmente, o governo queria aumentar esse porcentual para 20%, mas por ora a ideia foi abandonada. “Para 2024, deve ter a decisão das novas regras para utilização do JCP pelas companhias, já que a utilização da modalidade há um benefício de dedução de base de cálculo para se apurar os impostos sobre o lucro das empresas”, observa Wendell Finotti, CEO e Fundador da Meu Dividendo.

Publicidade

Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos

Em ano difícil para as empresas brasileiras, com juros altos, cenário externo com duas guerras no mundo, China em desaceleração e reforma tributária em discussão em Brasília, a distribuição de proventos aos investidores caiu 30% no total, para R$ 224 bilhões. Considerando só a modalidade distribuída via dividendos, a queda foi de 45%, para R$ 123,7 bilhões.

Do total distribuídos aos acionistas, somente a Petrobras (PETR4) e a Vale (VALE3), as duas maiores pagadoras de dividendos do Brasil, responderam por 41%, número menor que em 2022, quando ficou em 49%. Já os bancos, que responderam por 23% dos proventos distribuídos este ano, lideram a lista das companhias que mais pagaram dividendo por ação, fazendo jus a fama de bons distribuidores de lucros – das 10 ações que mais pagaram proventos, cinco são de bancos, incluindo o Banco do Brasil (BBAS3).

Web Stories

Ver tudo
<
Cursos, passagens aéreas e cashback: confira as promoções da Black Friday do mercado financeiro
Como usar o Tesouro IPCA + 7% para aumentar a sua aposentadoria
Antecipação do 13º salário vale a pena?
Até 100% de desconto: carro elétrico tem isenção de IPVA no DF e em mais 5 Estados; saiba como pedir
Salário baixou? Conheça 5 países que reduziram jornada de trabalho
O retorno de Trump pode afetar as suas futuras viagens e investimentos?
Quanto você pode receber de cashback das contas de água, internet e luz?
A rua mais cara do mundo fica no Brasil? Descubra
13º salário: quem não tem direito ao pagamento?
Estas moedas de 50 centavos podem valer R$ 5 mil; veja se você tem em casa
Como Warren Buffett ganhou US$ 282 milhões com o Nubank?
Nem aquecedor, nem ar-condicionado: estes truques vão aquecer a casa sem pesar a conta de luz
>