O euro hoje apresentou forte alta na sessão desta quarta-feira (27) em meio às perspectivas para a imposição de novas tarifas com a presidência de Donald Trump nos Estados Unidos, além da postura de dirigentes do Banco Central Europeu (BCE).
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Para o ING, a postura de Trump a longo prazo poderá prejudicar as relações comerciais entre a União Europeia e os EUA, desgastando ainda mais o difícil setor industrial da UE. O segundo mandato de Trump atinge a economia europeia num momento muito menos conveniente do que o primeiro, lembra. Perto do fechamento de Nova York, o euro subia a US$ 1,0567. Aqui, a moeda europeia se valorizou 2,66%, encerrando o dia cotada a R$ 6,244.
O mercado europeu ainda digeriu falas de Isabel Schnabel, dirigente do BCE, que vê um espaço limitado para mais cortes nas taxas de juros, por parte do BC europeu. Segundo ela, o BCE não está longe das taxas neutras – que ela calcula que seja entre 2% e 3% – e acredita que a flexibilização pode ser movida gradualmente, desde que os dados continuem a confirmar a linha de base. Schnabel afirmou que está confiante de que a inflação atingirá a meta de 2% no próximo ano, ainda que a pressão em serviços permaneça elevada.
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No cenário doméstico, investidores aguardam o anúncio do pacote fiscal do governo, que deve ser apresentado nesta quarta pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, à Câmara. Às 20h30 de hoje, o governo deve veicular em rede nacional de TV um pronunciamento de Haddad para explicar o pacote de contenção de gastos do governo federal. Ele também deve incluir o anúncio da isenção de Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil. O pronunciamento terá 7 minutos e 18 segundos de duração, conforme apurou o Estadão nesta reportagem.
A cotação do euro hoje também foi impactada pela divulgação do índice de preços de gastos com consumo (PCE) americano, medida preferida do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), que subiu em linha com a expectativa do mercado em outubro. Também ficou dentro do esperado o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre. Já os gastos com consumo e a renda pessoal avançaram além do esperado.
*Com informações do Broadcast