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Family offices estão evoluindo em investimentos alternativos? Veja avaliação

A análise sobre a indústria é de Sylvio Heck, portfólio manager da Aguassanta Participações

Family offices estão evoluindo em investimentos alternativos? Veja avaliação
(Foto: Envato Elements)

A evolução dos investimentos alternativos em family offices é uma tendência principalmente no exterior, mas também já é destaque de alocação nas casas brasileiras. A avaliação é de Sylvio Heck, portfólio manager da Aguassanta Participações, family office de Rubens Ometto, presidente do Conselho da Cosan (CSAN3).

“A evolução na indústria [de family offices] para os investimentos alternativos é uma tendência clara, principalmente lá fora, mas aqui também. O aumento de alocação é substancial”, afirmou Heck, durante painel no evento ABVCAP Experience, na tarde desta quarta-feira (12), em São Paulo. Hoje, os alternativos já representam cerca de 50% do portfólio da Aguassanta, sendo a maior parte do risco em crédito estruturado.

Segundo Heck, o foco de investimentos é orientado para indústrias de atuação do grupo Cosan, como energia, logística e agronegócio. O gestor conta que, até hoje, a Aguassanta nunca teve restrições de investimento por conta do excesso de risco, mas que faz avaliações mais cautelosas por conta de restrições de liquidez – que pode ficar travado em vencimentos mais longos com alternativos. “Toda operação relevante que é mais ilíquida acabamos levando para o Rubens [Ometto] para discutir”, diz.

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Guilherme Prado, head da Citrino Gestão de Recursos – family office que nasceu para atender duas famílias acionistas do grupo Votorantim -, também dá atenção especial à liquidez do portfólio. Apenas algo entre 10% e 15% do total está alocado em investimentos alternativos. “Temos um DNA de muita liquidez”, destaca.

Em vista disso, ele conta que todo o processo de investimento começa com o time de macroeconomia, para entender os momentos de ciclo e a busca por assimetrias para composição do portfólio. Na fatia de ilíquidos, embora a Citrino já tenha feito cheques com característica de private equity no passado, agora olha para tíquetes e vencimentos menores em venture capital e ativos estressados, com “investimentos menos correlacionados com o ciclo político do País”.

O cenário brasileiro também é motivo de preocupação para Vinicius Masatrosa, portfolio manager da Nova Milano Capital – que começou como single family office do empresário Alexandre Grendene e hoje tem mais de 200 investidores, focando no setor imobiliário. “No Brasil há dois cenários macro possíveis: o ruim e o muito ruim. Estamos vivendo o ruim e caminhando para o muito ruim. Se para fazer o negócio o cenário macro precisa dar certo, a gente não faz”, afirma.

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