O S&P 500 subiu 0,27%, aos 6.280,46 pontos, na máxima histórica de fechamento. No intradiário, o índice escalou para o inédito nível de 6.290,22 pontos. O Nasdaq terminou o dia com alta de 0,09%, aos 20.630,66 pontos, máxima histórica de fechamento. Na sessão, o índice tocou os 20.655,39 pontos. O Dow Jones fechou em alta de 0,43%, aos 44.650,64 pontos.
As ações das companhias aéreas dispararam sob efeito do lucro e da receita acima das expectativas anunciados pela Delta Air Lines no segundo trimestre de 2025. A companhia ainda restabeleceu suas projeções para o ano que foram suspensas em abril. A valorização dos papéis ocorreu ainda em dia de queda dos preços do petróleo. A Delta fechou em alta de 12%. A United Airlines ganhou 14% e a
American Airlines, 12,9%.
Os bancos também amealharam ganhos depois de o Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA) abrir uma consulta pública para propor mudanças no status de instituições bem administradas, o que foi visto como um passo adicional em direção à flexibilização da supervisão. O Goldman Sachs e o JPMorgan ganharam 1,78% e 1,80% e ficaram entre os destaques na cesta de 30 ações do Dow Jones.
A WK Kellogg saltou após a Ferrero fechar um acordo no valor aproximado de US$ 3 bilhões para comprar a empresa de cereais matinais.
A Nvidia, fabricante líder de chips de IA, subiu 0,75%, para o recorde de US$ 164,10. A empresa fechou com um valor de mercado de US$ 4 trilhões hoje, um dia após ter tocado essa marca no intradiário da sessão, mas sem conseguir encerrar nessa marca inédita na véspera.
Negociadas em NY, as ações da Nu Holding caíram 4,47%, ecoando as perdas de American Depositary Receipts de grupos brasileiros. A ADR do Bradesco cedeu 2,82% e a do Itaú 4,21%. A Embraer caiu 4,6%em NY.
Juros opera sem sinal único
Os juros dos Treasuries operaram sem sinal único hoje, recuando no caso dos longos, em uma sessão atenta à postura tarifária do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e também às declarações de dirigentes do Federal Reserve (Fed) ao longo do dia, que sugeriram algum espaço para corte de juros ainda neste ano no país. Além disso, o indicador semanal de pedidos de auxílio desemprego e o leilão de US$ 22 bilhões em T-Bond de 30 anos foram destaque.
Por volta das 17h (horário de Brasília), o juro da T-note de 2 anos subia a 3,870%. O rendimento da T-note de 10 anos avançava a 4,347%, enquanto o do T-Bond de 30 anos cedia a 4,866%.
A presidente do Fed de São Francisco, Mary Daly, afirmou nesta quinta-feira que acha provável que o BC americano realize dois cortes de juros este ano, já que a dirigente não espera uma inflação persistentes com as tarifas. Daly disse que, se os fundamentos da economia continuarem, ela vê um corte de juros acontecendo já em setembro. Já o diretor do Fed Christopher Waller reiterou sua posição para que o BC americano corte as taxas de juros na reunião de julho, considerando a trajetória da inflação e do mercado de trabalho.
O presidente do Fed de St. Louis, Alberto Musalem, disse que a atual política monetária do BC americano está “modestamente restritiva”, a economia está “em um bom lugar” e o mercado de trabalho está perto do pleno emprego. Segundo ele, as condições financeiras estão favoráveis ao crescimento e para a atividade econômica.
Os pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos caíram 5 mil na semana passada, a 227 mil, informou hoje o Departamento do Trabalho. O resultado veio abaixo do previsto por analistas ouvidos pela FactSet, de 238 mil pedidos.
O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos leiloou hoje US$ 22 bilhões em T-Bond de 30 anos, com rendimento máximo de 4,849% – acima da média recente de 4,686% nas seis últimas reaberturas para oferta desses títulos, de acordo com o BMO. A demanda direta, que normalmente agrupa investidores domésticos, foi elevada, segundo a BMO. A taxa bid-to-cover, um indicativo da demanda, ficou em 2,38 vezes, baixo da média das últimas seis reaberturas para oferta desse papel (2,44 vezes).
Moedas globais: dólar sobe
O dólar subiu ante pares como o euro e seguiu sem força frente ao iene, em uma sessão de foco dividido e com suporte da queda inesperada dos pedidos de auxílio-desemprego, que realçou a ainda sólida condição do mercado de trabalho nos EUA. Os desdobramentos tarifários, incluindo a imposição de tarifas para o Brasil, e falas evidenciando a divergência de membros do Federal Reserve também pontuaram a sessão.
O índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes, fechou em alta de 0,10%, a 97,652 pontos. Por volta das 16h50 (de Brasília), o dólar americano cedia a 146,18 ienes, enquanto o euro recuava a US$ 1,1700 e a libra tinha queda marginal a US$ 1,3585.
Três membros do Fed falaram em público hoje. A presidente da unidade de São Francisco, Mary Daly, afirmou que acha provável que o BC americano realize dois cortes de juros este ano, já que a dirigente não espera uma inflação persistentes com as tarifas. O diretor Christopher Waller reiterou sua posição para que o BC americano corte as taxas de juros na reunião de julho. Já Alberto Musalem (St. Louis) disse que ainda é “muito cedo” para dizer se as tarifas terão um impacto pontual ou mais persistente na inflação.
Enquanto penalizou o real, a decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, de anunciar tarifa de 50% a produtos brasileiros teve pouco impacto sobre outras moedas da América Latina. O dólar caiu ante o peso mexicano, a 18,6346 pesos. A moeda americana tinha leve queda frente ao peso colombiano, cotada a 4.015 pesos colombianos, ante 4.020,0 pesos colombianos na véspera.
O iene se recuperou das perdas iniciais e subiu ligeiramente, com cobertura de posições vendidas na moeda japonesa. O iene ficou mais cedo sob pressão depois que os preços ao produtor japonês de junho apresentaram o menor aumento em 10 meses, um fator dovish para a política do Banco do Japão.