O Nasdaq fechou aos 20.167,91 pontos, após subir 0,97%. O Dow Jones fechou com alta de 0,94%, aos 43.386,84 pontos. O S&P 500 fechou em alta de 0,80%, aos 6.141,02 pontos, voltando a ficar perto do recorde de fechamento atingido em 19 de fevereiro, quando tocou 6.144,15 pontos.
A Nvidia cravou mais um recorde, refletindo o contínuo otimismo com produtos de inteligência artificial. As ações subiram 0,46%, para US$ 155,02. Analistas da Loop Capital elevaram na quarta-feira o preço-alvo das ações da fabricante líder de chips de inteligência artificial de US$ 175 para US$ 250 e mantiveram a recomendação de compra para as ações.
As ações da Micron cederam 0,98%, com a fabricante de chips de memória revertendo a reação inicial positiva ao balanço divulgado ontem. O recuo ocorreu no contexto da forte valorização acumulada pelo papel no ano (49%). A Micron Technology anunciou lucro muito acima das expectativas para o terceiro trimestre fiscal, com receita recorde.
A Coinbase disparou 5,54%. Em meio a um ambiente de cripto em rápida evolução, a empresa está bem posicionada para colher os benefícios de maior clareza regulatória e da crescente adoção de stablecoins, afirmam analistas da Oppenheimer. Na quarta-feira, o diretor da Agência Federal de Financiamento Habitacional (FHFA, na sigla em inglês), William Pulte, publicou uma instrução para que a Fannie Mae e a Freddie Mac, agências hipotecárias americanas, se prepararem para contabilizar criptomoedas como um
ativo em pedidos de financiamento imobiliário.
Juros dos EUA operam em baixa
Os juros dos Treasuries operaram em baixa hoje, em um dia marcado pelos relatos de que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, planeja nomear um novo comandante para o Federal Reserve (Fed), visando substituir o atual presidente, Jerome Powell, que vem sendo reticente sobre os cortes de juros pedidos pelo republicano. Além disso, a sessão contou com uma revisão para baixo no PIB dos Estados Unidos no 1º trimestre.
Por volta das 17h (horário de Brasília), o juro da T-note de 2 anos caía a 3,711%. O rendimento da T-note de 10 anos cedia a 4,240%, enquanto o T-Bond de 30 anos recuava para 4,798%.
O spread entre os rendimentos da T-note de 5 anos e os do T-bond de 30 anos atingiu 101 pontos-base, marcando sua curva mais acentuada desde 2021, significando expectativas dos investidores para crescimento econômico, mas também inflação e taxas de juros mais altas.
Os relatos de que Trump poderá nomear um substituto para Powell pressionaram para baixo os juros dos Treasuries, avalia o BMO. Se o confirmada, a nomeação antecipada irá sugerir que o presidente americano está atuando contra a independência do banco central, indo além de apenas criticar a performance de Powell, na visão do banco canadense. O BMO vê uma estratégia “relativamente transparente” de mandar uma mensagem dovish que sobreponha os sinais hawkish emitidos recentemente pelo BC. “Independente de quem for escolhido, prevalece no mercado a expectativa de que o próximo presidente do Fed terá uma postura mais dovish do que a de ‘esperar para ver'”, destaca.
A revisão para baixo do PIB dos EUA revelou um quadro mais preocupante do que o inicialmente estimado, especialmente por conta do consumo doméstico, segundo a Oxford Economics, embora os dados não devam alterar significativamente a trajetória da política monetária.
Para a Oxford, os dados não devem influenciar de forma decisiva o Fed “pois são retroativos”. A consultoria vê os formuladores de política mais focados nos riscos inflacionários vindos de tarifas e do mercado de trabalho. “Se o Fed mudar de rumo e sinalizar cortes antes do que prevemos, com o próximo em dezembro, será por causa do mercado de trabalho, não do PIB”, diz.
A Oxford ainda chamou atenção para a alta nas solicitações contínuas de auxílio-desemprego, o que sinaliza “fissuras no mercado de trabalho”. A consultoria acredita que a divulgação dos dados de gastos pessoais, na sexta-feira, será importante para entender o impacto das revisões sobre a trajetória do consumo neste segundo trimestre.
Moedas globais: dólar estende queda
O dólar prolongava a queda ante a maioria das principais moedas no exterior, após notícia de que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, estaria avaliando acelerar o anúncio de sua escolha para suceder o comandante do Federal Reserve, Jerome Powell, diante da sua frustração com a lentidão no corte de juros. Dados fracos nos EUA e ambiente propício ao risco na esteira do cessar-fogo entre Israel e Irã ajudaram a tirar demanda para a moeda americana.
O índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes, fechou em queda de 0,54%, a 97,147 pontos. Por volta das 16h50 (horário de Brasília), o dólar cedia a 144,34 ienes, o euro se apreciava a US$ 1,1713 e a libra tinha alta a US$ 1,3734.
Na noite de ontem, reportagem do The Wall Street Journal informou que a exasperação de Trump em relação à abordagem cautelosa do Fed para reduzir as taxas de juros o estava levando a considerar acelerar o anúncio da troca de Powell. De acordo com o Swissquote Bank, um novo presidente do Fed provavelmente estaria mais disposto a cortar os juros.
A revisão em baixa do PIB do primeiro trimestre nos EUA ajudou a reforçar os argumentos de desaceleração da economia americana diante das políticas de Trump. Outro dado mostrou aumento maior do que o esperado do déficit comercial em maio, o que pode pesar nos dados do PIB do segundo trimestre.
Para a Oxford Economics, a revisão do PIB não terão implicações significativas para o Fed, visto que ele é retrospectivo. “O Fed está focado nos riscos de inflação decorrentes de tarifas e do mercado de trabalho”, citou a consultoria em relatório. Divulgado pela manhã, os pedidos iniciais de seguro-desemprego permaneceram baixos, mas o aumento nos pedidos contínuos foi visto como preocupante pela Oxford.
O dólar ignorou o apoio vindo de comentários do presidente do Federal Reserve (Fed) de Richmond, Thomas Barkin, que reiterou que o Fed seguirá paciente.
Nas trocas com o peso mexicano, o dólar cedeu ante o patamar das 16h50 de ontem, após ter reação instável à decisão do Banco Central do México (Banxico) de voltar a cortar a taxa básica de juros em 0,50 ponto porcentual, para 8%, como era esperado pelos analistas.
*Com informações da Dow Jones Newswires