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Dólar encerra a semana com a maior queda desde julho

A cotação da moeda foi pressionada pelas perspectivas para o Federal Reserve

Dólar encerra a semana com a maior queda desde julho
Dólar americano. Foto: Envato Elements

O dólar operou em baixa nesta sexta-feira (17), encerrando a semana de maiores perdas para o DXY desde julho, com a moeda americana pressionada pelas perspectivas para o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA). A desaceleração da inflação nos EUA levou a um panorama no qual a maioria dos analistas não espera novas altas de juros.

Já na Argentina, na última sessão antes do segundo turno da eleição presidencial, o dólar operou estável, mas analistas apontam turbulências para o câmbio do país.

O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, caiu 0,42%, aos 103,917 pontos. Ao fim da tarde, o dólar caía a 149,66 ienes, o euro subia a US$ 1,0907 e a libra tinha alta a US$ 1,2457.

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O dólar está terminando a semana em desvantagem, com o índice DXY em sua pior semana desde julho, depois que a inflação dos EUA de outubro foi mais suave do que o esperado, aponta a Capital Economics. “Isto reforçou o consenso crescente de que a inflação nos EUA está no caminho certo para regressar ao objetivo e o ciclo de subida das taxas do Fed terminou”, avalia.

No entanto, a Capital Economics afirma: “mantemos a nossa visão de que o dólar e outras moedas de refúgio seguro terão melhor desempenho nos próximos meses, à medida que a narrativa benigna do “pouso suave” dá lugar a uma desaceleração mais pronunciada e, no mínimo, a um susto de recessão nos EUA. Historicamente, o fim dos ciclos de aperto da Fed tem sido acompanhado por abrandamentos econômicos e um dólar mais forte”, diz a consultoria.

Segundo o Eurostat, a inflação da zona do euro subiu a 2,9% em outubro, na taxa anual, simbolizando forte desaceleração. Para a Oxford Economics, a tendência deve permanecer e os preços devem cair abaixo de 2% por volta do terceiro trimestre de 2024. No Reino Unido, o destaque foi a queda inesperada das vendas no varejo, o que renovou expectativas de manutenção nos juros do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) e enfraqueceu pontualmente a libra.

Na Argentina, o dólar blue operou estável hoje, a cerca de 950 pesos. No entanto, a Capital Economics avalia que outra grande desvalorização do peso argentino está por vir, provavelmente em breve, independente de quem seja o vencedor da eleição neste domingo.

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