O Federal Reserve (Fed) responsabilizou a gestão do Silicon Valley Bank (SVB) pelos eventos que culminaram na quebra do banco em março, mas reconheceu ter falhado no papel de forçar a instituição financeira a corrigir as vulnerabilidades.
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A conclusão aparece em relatório de cerca de 100 páginas sobre o colapso do SVB, divulgado nesta sexta-feira, após um trabalho de revisão conduzido pelo vice-presidente de supervisão do Fed, Michael Barr.
Segundo o documento, o Silicon Valley Bank era uma empresa “altamente vulnerável”, com um modelo de negócio excessivamente concentrado no setor de tecnologia e uma elevada base de depósitos sem a proteção de seguro. À medida que os juros subiram nos Estados Unidos, o portfólio da companhia ficou exposto, o que deflagrou uma fuga de depósitos.
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O Fed explica que as autoridades de supervisão identificaram os problemas, mas foram lentas em exigir que o SVB cumprisse as exigências de liquidez e capital. Para a instituição, o processo foi “muito deliberativo” e focado em acumular evidências antes de agir.
O banco central americano, em particular, avalia que não foi capaz de perceber a seriedade das deficiências na governança e gestão de riscos do banco. “Esses julgamentos significaram que o Silicon Valley Bank permaneceu bem avaliado, mesmo com a deterioração das condições e risco significativo para a segurança e solidez da empresa”, ressalta o relatório.