(Gabriel Caldeira, Estadão Conteúdo) — Diretor do Federal Reserve (Fed), Christopher Waller se juntou ao coro de dirigentes do BC americano que defendem uma alta de juros mais agressiva na reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) deste mês. Ele não especificou qual o tamanho do aumento que prefere, mas as discussões têm girado em torno de uma terceira alta seguida de 75 pontos-base ou uma moderação do ritmo de aperto, para 50 pontos-base.
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“Apoio os aumentos contínuos na taxa básica e, com base no que sei hoje, apoio um aumento significativo em nossa próxima reunião em 20 e 21 de setembro, para que a taxa básica fique em um cenário que esteja claramente restringindo a demanda”, resumiu Waller, durante discurso no Workshop Vienna Macroeconomics hoje. Quanto às próximas reuniões depois deste mês, Waller ressaltou que a escala das altas de juro dependerão de dados e de suas consequências à atividade nos EUA.
Para ele, os dados de inflação e emprego mais recentes indicam que o próximo encontro do Fomc será “direto”, ressaltando a postura agressiva atual do Fed. Waller, inclusive, espera que os aumentos de juro não Aprem em 2022 e sejam estendidos até o ano que vem. Ele não comentou, porém, sobre a possibilidade de corte de juros em 2023, como estima parte do mercado.
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Waller ainda comentou a desaceleração da inflação nos EUA em julho, chamando-a de “sinal encorajador”, mas que não evidencia que os preços estão reduzindo em direção à meta de 2% do Fed. Até que este objetivo não seja alcançado, o Fomc seguirá com sua postura ofensiva de combate à inflação, completou.