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Nova ferramenta do BCE deve ajudar a proteger o euro, diz Villeroy

Banqueiro disse que a reunião foi uma prova de que não há limites para o BCE de garantir preços estáveis

François Villeroy de Galhau, membro do BCE 19/11/2018 REUTERS/Toru Hanai

O instrumento planejado pelo Banco Central Europeu contra a fragmentação financeira entre os países da zona do euro deve permitir que o banco sustente seu compromisso com a defesa do euro, disse nesta segunda-feira François Villeroy de Galhau, membro do BCE.

Em uma reunião de emergência na semana passada, o BCE pediu aos funcionários que acelerassem o projeto de uma ferramenta “antifragmentação” após forte aumento dos spreads entre os rendimentos dos títulos do sul da Europa em relação à dívida alemã, considerada segura.

Falando ao jornal italiano Corriere della Sera, Villeroy disse que a reunião foi a melhor prova de que não há limites para o compromisso do BCE de garantir preços estáveis e proteger o euro.

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“Este deveria ser um instrumento de respaldo. Deveria estar disponível tanto quanto necessário, de modo a tornar muito claro nosso compromisso sem limites de proteger o euro”, disse Villeroy.

“Quanto mais confiável esse instrumento, menos ele terá que ser utilizado na prática. É assim que funciona um ponto de apoio”, acrescentou Villeroy.

Villeroy, que também é presidente do banco central francês, disse que uma ferramenta especificamente concebida para combater a fragmentação é necessária para garantir a transmissão ordenada da política monetária através dos países membros da zona do euro.

Até agora, a presidente do BCE, Christine Lagarde, tem sido vaga sobre como o instrumento será utilizado e quando estará pronto, bem como quais condições poderiam ser potencialmente impostas aos países que se beneficiarem da compra de títulos no âmbito do programa.

Villeroy disse que o programa terá regras, mas que o BCE também terá a liberdade de exercer seu julgamento e que as intervenções no mercado deveriam ser esterilizadas, o que significa que elas seriam feitas de maneira que não afete sua postura de política monetária.

Ele acrescentou que os títulos adquiridos não precisariam necessariamente ser mantidos até o vencimento, mas sim até depois que as tensões do mercado diminuam.

“Em outras palavras, poderíamos ser mais ágeis na compra, mas também na venda após algum tempo”, disse Villeroy.