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FGV: confiança do consumidor cai 3,3 pontos em novembro ante outubro

A Sondagem do Consumidor coletou entrevistas entre os dias 1 e 21 de novembro

FGV: confiança do consumidor cai 3,3 pontos em novembro ante outubro
Foto: Envato Elements

A confiança do consumidor caiu 3,3 pontos em novembro ante outubro, na série com ajuste sazonal, informou nesta quinta-feira (24) a Fundação Getulio Vargas (FGV). O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) ficou em 85,3 pontos. Em médias móveis trimestrais, o índice avançou 0,5 ponto. “A confiança dos consumidores cai pelo segundo mês consecutivo. Passado o efeito das transferências de renda, os consumidores de baixa renda voltam a se sentir menos satisfeitos sobre a situação financeira familiar e revisar suas expectativas para baixo nos próximos meses”, avalia Viviane Seda Bittencourt, coordenadora das Sondagens do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

Bittencourt acrescenta que mesmo com uma queda das perspectivas sobre a inflação e um efeito ainda positivo no mercado de trabalho, há um aumento do pessimismo sobre as finanças familiares nos próximos meses. “É possível que ainda exista algum espaço para o consumo pelas famílias de maior poder aquisitivo, mas, dada as condições macroeconômicas, sua sustentação nos próximos meses acaba sendo uma tarefa difícil.”

Em novembro, o Índice de Situação Atual (ISA) caiu 3,7 pontos, para 70,8 pontos. O Índice de Expectativas (IE) recuou 2,7 pontos, para 96,0 pontos.

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No ISA, o item que avalia a situação financeira das famílias caiu 5,6 pontos, para 60,9 pontos. O componente que mede a satisfação sobre a situação econômica recuou 1,9 ponto, para 81,2 pontos.

Quanto às expectativas, o quesito que mais contribuiu para a queda da confiança no mês foi o da situação financeira das famílias nos próximos seis meses, que encolheu 5,6 pontos, para 92,5 pontos. O item que mede o grau de otimismo com a situação econômica geral caiu 4,6 pontos, para 110,6 pontos, único componente ainda acima do nível neutro. Já a intenção de compra de bens duráveis subiu 2,5 pontos, para 85,5 pontos.

A análise por faixa de renda mostrou que o resultado negativo foi influenciado pelos consumidores com menor poder aquisitivo. Entre as famílias com renda até R$ 2.100,00 mensais, a confiança caiu 10,1 pontos, para 74,5 pontos. No grupo que recebe acima de R$ 9.600,00 mensais, o indicador subiu 0,7 ponto, para 92,2 pontos, único grupo com melhora no mês.

A Sondagem do Consumidor coletou entrevistas entre os dias 1 e 21 de novembro.

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