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FGV: quedas nos preços de commodities puxam deflação no atacado

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-10) teve queda de 0,65% em agosto

FGV: quedas nos preços de commodities puxam deflação no atacado
Analistas comentam sobre possibilidade de investimentos em commodities no Brasil. Foto: Envato Elements

(Daniela Amorim, Estadão Conteúdo) – As quedas nos preços de commodities puxaram a deflação no atacado que integra o Índice Geral de Preços 10 (IGP-10) de agosto, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). O IGP-10 passou de uma elevação de 0,60% em julho para uma queda de 0,69% em agosto. O índice acumula aumento de 8,43% no ano e avanço de 8,82% em 12 meses.

“Os números do IPC (Índice de Preços ao Consumidor) ainda repercutem a redução do ICMS para energia elétrica e gasolina, efeito que deve perder força ao longo do mês de agosto. Já para o IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo), importantes commodities sustentam a queda do indicador, com destaque para minério de ferro (de -5,93% para -11,09%), carne bovina (de -0,46% para -5,93%) e soja (de -0,78% para -2,14%)”, afirmou André Braz, coordenador dos Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-10) passou de uma alta de 0,57% em julho para uma queda de 0,65% em agosto.

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Na análise por estágios de processamento, os preços dos Bens Finais saíram de um aumento de 0,99% em julho para um recuo de 0,27% em agosto, tendo como principal contribuição para o resultado o subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de 1,52% para -0,90%.

O grupo Bens Intermediários saiu de 1,59% em julho para 0,19% em agosto, influenciado pelo subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de 9,07% para 1,74%.

O grupo Matérias-Primas Brutas saiu de uma queda de 0,91% em julho para um recuo de 1,90% em agosto, sob a influência do minério de ferro (de -5,93% para -11,09%), soja em grão (de -0,78% para -2,14%) e café em grão (de 3,99% para -2,25%). Na direção oposta, as maiores pressões partiram do leite in natura (de 7,91% para 14,45%), aves (de -0,73% para 1,92%) e cana-de-açúcar (de -0,93% para 0,31%).

 

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