- O presidente da CVM defendeu que as finanças sustentáveis têm grande potencial de atração de recursos para o Brasil
- Nascimento avalia que o mercado de carbono é lucrativo e faz com que áreas sustentáveis não gerem apenas despesas
- Ele apontou o empenho da reguladora para encaixar ativos ambientais no mercado financeiro, como as Resoluções 145 e 59
O presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), João Pedro Nascimento, disse que a pauta de finanças sustentáveis é uma das mais ricas e capazes de trazer recursos do exterior e do setor privado. “A pauta das finanças sustentáveis é uma das mais ricas na capacidade de atração de recursos para o nosso país. E de alguma maneira também é importante na capacidade de trazer recursos da iniciativa privada.”
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Nascimento lembrou que durante anos as áreas de proteção ambiental foram vistas pelos empresários e agentes de mercado como “geradoras de contingências, problemas e despesas”. E completou: “A gente está tentando transformar todas essas despesas, contingências e problemas em oportunidades para geração de recursos e daquilo que a gente entende que é um dos papéis mais importantes do mercado de capitais: desenvolvimento econômico e social.”
O mercado de carbono, indicou, tem a função importante de transformar as áreas até agora compreendidas como geradoras de despesas, disse, e transformá-las em geradoras de receitas.
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Ele apontou o empenho da reguladora para encaixar ativos ambientais no mercado financeiro. Ele exemplificou com a Resolução 175, o Marco Regulatório dos Fundos de Investimento, que reconhece ativos ambientais como ativos financeiros passíveis de entrar nos fundos. A norma também regula a terminologia, restringindo a qualificação – como ESG, verde, sustentável – aos produtos que de fato trazem o atributo. João Pedro Nascimento também citou a Resolução 59, que incluiu no Formulário de Referência os espaços para as informações sobre ações ambientais.
O presidente da CVM participou do MIT Reap in Rio, workshop mundial do Programa de Aceleração Regional do MIT (Reap MIT), realizado no Museu do Amanhã, na região central do Rio, nesta segunda-feira, 30.
Na ocasião, foi lançado o Centro de Energia e Finanças do Amanhã, formado pela CVM e a Prefeitura do Rio, com apoio de companhias do setor de energia. O hub ocupará o Automóvel Clube do Brasil, na região central do Rio, que será reformado pela prefeitura com investimento de R$ 40 milhões.
