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Veja os desafios de investimento para estatais de saneamento, segundo a Fitch

A agência diz também que não espera pressão significativa sobre os ratings da Sabesp, Sanepar, Copasa e Saneago

Veja os desafios de investimento para estatais de saneamento, segundo a Fitch
Sabesp. (Foto: Estadão)

A Fitch afirma que o atingimento de metas regulatórias para a cobertura de serviços de saneamento é um fator-chave de classificação de crédito das empresas. Enquanto isso, a necessidade de grandes investimentos, para atingir essas demandas regulatórias, deve pressionar as demonstrações financeiras de diversas concessionárias brasileiras do setor.

A agência de risco calcula, em seu cenário base, que os investimentos médios anuais de R$ 2,2 bilhões no período de três anos (2024 a 2026) pelas oito empresas estatais de saneamento classificadas pela agência representam um aumento de 131% em comparação com 2020 a 2022 e 55% em comparação com a estimativa da Fitch para 2023.

Os investimentos devem ser canalizados principalmente em infraestrutura de coleta de esgoto, já que a rede atende atualmente apenas 63% dos domicílios do País, muito abaixo da meta de 90% estabelecida pelo marco regulatório do setor, a ser alcançada até 2033″. O abastecimento de água tratada está mais próximo do cumprimento da meta 99%, com cobertura atual de 93%.

Empresas

A agência não espera pressão significativa sobre os ratings da Sabesp (SBSP3), Sanepar (SAPR4), Copasa (CSMG3) e Saneago, todas com perspectiva estável e bem posicionadas para atender às demandas regulatórias. A Fitch destaca que elas apresentam eficiência operacional de média a forte, com margens do lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) na faixa de 30% a 45% e acesso comprovado a fontes de financiamento, principalmente a Sabesp.

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Os cenários de caso base de rating mostram um aumento gerenciável na alavancagem financeira dessas empresas, com a Sabesp se aproximando do gatilho de rebaixamento dos ratings e as demais mais de 0,5 vez distantes do pico de alavancagem.

Por outro lado, a Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) e a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) são as mais expostas a rebaixamento de ratings, o que se reflete em suas perspectivas de classificação negativa. Ambas enfrentam maiores desafios em comparação com os seus pares no cumprimento das metas regulamentares, o que deverá implicar uma pressão financeira considerável.