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Georgieva, do FMI, alerta líderes para novos choques de inflação

Georgieva comentou que está ficando difícil para os bancos centrais reduzirem a inflação sem causar recessões

Georgieva, do FMI, alerta líderes para novos choques de inflação
Kristalina Georgieva, diretora-gerente do FMI 08/12/2021 REUTERS/ Hereward Holland

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional, Kristalina Georgieva, disse nesta quinta-feira que os líderes financeiros globais podem precisar se sentir mais à vontade para combater as múltiplas pressões inflacionárias.

Georgieva disse à Reuters que está ficando mais difícil para os bancos centrais reduzirem a inflação sem causar recessões, devido às crescentes pressões sobre os preços da energia e dos alimentos devido à guerra da Rússia na Ucrânia, às políticas de Covid zero da China que prejudicaram a indústria e à necessidade de reordenar as cadeias de abastecimento para torná-las mais resilientes.

“Acho que o que precisamos para começarmos a ficar mais confortáveis é: esse pode não ser o último choque”, disse ela, observando que deixou de ver a inflação como um choque “transitório” quando o surto da variante Ômicron se instalou no final do ano passado.

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Ela afirmou que a forte demanda dos Estados Unidos, as interrupções na cadeia de suprimentos e os efeitos da guerra na Ucrânia apontam para uma inflação mais duradoura. A pandemia de Covid-19 não acabou e pode haver outra crise, acrescentou ela durante reunião de ministros das Finanças e presidentes de bancos centrais do G7 na Alemanha.

A política de Covid zero da China, que levou a lockdowns generalizados nas principais cidades, é impraticável por causa de variantes altamente contagiosas, mas as autoridades de Pequim “se recusam” a alterá-la, disse ela, acrescentando que seus efeitos serão discutidos na reunião.

Ela afirmou que “na verdade não está muito preocupada” com a economia chinesa porque o governo de Pequim tem espaço de política fiscal e monetária para sustentar o crescimento.

Georgieva disse que os esforços dos países para mudar suas cadeias de suprimentos de eficiência máxima para maior resiliência aumentarão alguns custos, pois será necessário haver redundância.

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“Então, isso será um choque de preços que só ocorrerá uma vez e não haverá mais impacto na inflação? Ou será como cortar mais nossas asas?”, disse ela. “Nós temos que descobrir isso.”

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