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FMI: serão necessários investimentos para enfrentar desafio climático

O FMI destaca ainda que é preciso uma grande mudança para aproveitar o financiamento público

FMI: serão necessários investimentos para enfrentar desafio climático
Discussões sobre o clima precisam ter mulheres a frente das discussões, segundo diretora de Sustentabilidade da América Latina na Johnson Controls – Foto: REUTERS/Aly Song

(Letícia Simionato, Estadão Conteúdo) – O Fundo Monetário Internacional (FMI) avalia que serão necessários investimentos globais maciços para enfrentar o desafio climático. “As estimativas variam de US$ 3 trilhões a US$ 6 trilhões por ano até 2050. O nível atual de cerca de US$ 630 bilhões é apenas uma fração do que é realmente necessário – e muito pouco vai para os países em desenvolvimento”, prevê, em comunicado divulgado em seu blog.

“A mudança climática é uma das políticas macroeconômicas e financeiras mais críticas que os membros do FMI enfrentarão nas próximas décadas. Os recentes picos no custo de combustível e alimentos – e os riscos resultantes de agitação social – sublinham a importância de investir em energia verde e aumentar a resiliência a choques”, defende a instituição.

O FMI destaca ainda que é preciso uma grande mudança para aproveitar o financiamento público e, especialmente, o privado, já que o desafio para os formuladores de políticas e investidores é como direcionam participações para projetos de mitigação e adaptação ao clima.

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Para o fundo, a falta de incentivos está no centro do problema. “Os investidores têm muitas opções para gerar retornos – incluindo combustíveis fósseis na ausência de preços robustos de carbono. E, atualmente, projetos verdes em mercados emergentes e economias em desenvolvimento simplesmente não justificam os riscos”, explica.

Além do financiamento, a instituição defende que os governos podem usar várias ferramentas políticas para ajudar a atrair o setor privado capital para as oportunidades climáticas, como a precificação robusta de carbono. “Isso ajudaria a gerar incentivos ao investimento privado em projetos de baixo carbono”, argumenta.

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