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- Leonardo Alencar, head de Agro, Alimentos e Bebidas da XP Investimentos, a queda é justificada pela falta de competitividade do mercado de carnes brasileiro em relação ao exterior com a melhora no câmbio
- A moeda americana está cotada em R$ 4,91, menor valor desde junho de 2022.
- Às 11h45 do horário de Brasília, a maior queda registrada entre as frigoríficas é da BRF (BRFS3), de 5,43%, cotada a R$ 6,44, seguida pela Marfrig (MRFG3), que despenca 3,52%, valendo R$ 6,57
As ações de empresas frigoríficas caem em bloco nesta quinta-feira (13) impactadas pela melhora na taxa de câmbio brasileira. O dólar opera em queda nos últimos dias, com a expectativa de que o Banco Central possa diminuir a taxa de juros nos próximos meses. A moeda americana está cotada em R$ 4,90, menor valor desde junho de 2022.
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Às 14h53 do horário de Brasília, a maior queda registrada entre as empresas frigoríficas era a da BRF (BRFS3), de 4,26%, cotada a R$ 6,52, seguida pela Marfrig (MRFG3), que recuava 3,96%, valendo R$ 6,54.
A Minerva Foods (BEEF3) também apresentou queda significativa, de 3,98%, cotada a R$ 9,65, juntamente com a JBS (JBSS3), que caía 1,26%, cotada a R$ 17,20.
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Leonardo Alencar, head de agro, alimentos e bebidas da XP Investimentos, explica que a queda se justifica pela falta de competitividade do mercado de carnes brasileiro em relação ao exterior com o fortalecimento do real frente ao dólar.
“Hoje não tem nenhuma notícia específica do setor, o que aconteceu foi a realização dos lucros das empresas e a queda do dólar, o que tira a competitividade do Brasil. Então tem uma pressão do lado da oferta, com uma produção grande, que precisa de um aumento no consumo nacional e internacional”, diz.
Ricardo Brasil, fundador da Gava Investimentos, destacou um movimento fraco nas negociações dos frigoríficos. “O mercado entendeu que a reabertura da China já está precificada, e mesmo com a inflação caindo o poder aquisitivo do brasileiro ainda está baixo e você não vê aumento de consumo”, explicou.
Há, também, uma reprecificação dos ativos por grandes bancos. André Fernandes, head de renda variável e sócio da A7 CAPITAL, destaca que o Bank of America reduziu preço-alvo de Marfrig e BRF, acreditando que os resultados trimestrais virão fracos.
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“Em relação a Minerva, o BTG acredita que os resultados do 1 trimestre de 2023 serão fracos, e revisou seu preço-alvo de R$ 20 pra R$ 15. Para JBS, no entanto, o banco manteve a recomendação de compra, mas sem grandes revisões no preço-alvo”, disse Fernandes.