O caso FTX deixa uma importante lição de que não existe dinheiro fácil | Foto: REUTERS/Marco Bello
Advogados da FTX divulgaram na quarta-feira (25) a lista de credores da exchange. O documento, adicionado aos autos do processo de falência que corre no estado de Delaware, foi aprovado pela consultoria Alvarez & Marsal e conta com 116 páginas. Entre os nomes que integram a lista estão os de grandes empresas como Apple, Amazon, Airbnb e Netflix. Instituições financeiras, incluindo o Banco Santander e o Goldman Sachs, também estão presentes.
Os credores da FTX pertencem a diferentes ramos. Há veículos de comunicação, universidades, companhias aéreas, instituições de caridade e agências governamentais. New York Times, Wall Street Journal, American Airlines e a Universidade de Stanford são alguns exemplos.
Nem a Gisele Bündchen Charitable Giving, fundação de caridade da modelo brasileira Gisele Bundchen, ficou de fora da lista. Ela e o ex-marido Tom Brady eram investidores conhecidos da empresa.
Dos grandes nomes da indústria cripto, fazem parte do rol de credores a Coinbase e a Binance, maior exchange do setor. A corretora Huobi, que recentemente anunciou uma demissão em massa, também aparece na relação.
Segundo informações da CoinDesk, em uma audiência no início de janeiro, o juiz John Dorsey, que está cuidando do caso, permitiu que os nomes de 9,7 milhões de credores individuais permanecessem em sigilo por três meses. Dessa forma, a lista disponibilizada conta apenas com os nomes das empresas que investiram na exchange e não especifica quanto a corretora deve para cada uma delas.
A FTX, que já chegou a ser um dos grandes nomes do setor cripto, entrou com pedido de falência em novembro de 2022. Na época, a empresa indicou ter uma dívida de US$ 3,1 bilhões com seus 50 principais credores, sendo que o valor devido ao seu maior credor alcançava US$ 226 milhões.