

O fundo de investimento Saint German, controlado pelo investidor Nelson Tanure, não deve mudar as prioridades da gestão do GPA (PCAR3) no curto e médio prazo, segundo avaliação do Citi. O banco chegou nesta conclusão após uma conversa informal com a empresa, visando entender o pedido do fundo para destituir o atual conselho de administração e eleger novos membros.
Para o banco, mesmo que o acionista faça as mudanças propostas, a companhia continuará buscando maior desalavancagem, abordando provisões fiscais/trabalhistas e seguir reduzindo de custos e despesas operacionais, incluindo arrendamento mercantil (leasing) e gastos gerais e administrativos (G&A).
Com isso, o Citi entende que o principal problema seria desbloquear mais fluxo de caixa (FCF) recorrente após o leasing. “Portanto, um acionista ativo focado em resolver esse problema pode mudar o jogo para o GPA”, afirmou o analista do banco, João Pedro Soares.
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Já em relação ao Tanure, a gerência do GPA disse que o executivo é “bem experiente em lidar com passivos fiscais e pode trazer um pouco de sua expertise para a mesa”.
A gestora Trustee DTVM, responsável pelo fundo Saint German, detém mais de 3% do capital da companhia e solicitou ontem a convocação de uma assembleia geral extraordinária (AGE) para tratar da destituição do atual conselho. O GPA afirmou que a AGE será convocada no prazo legal, mas o Citi acredita que o dia 5 de maio é a data mais “plausível” para esta reunião de acionistas ocorrer.