Os fundos de investimento tiveram um agosto com saldo positivo entre entradas e saídas de recursos. O mês foi de captação líquida de R$ 11,7 bilhões, segundo a Associação Brasileira de Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). No acumulado do ano, a captação líquida chega a R$ 286,2 bilhões. O patrimônio líquido da indústria é de R$ R$ 9,3 trilhões, o que representa um aumento de 15% na comparação com agosto de 2023.
Os fundos de renda fixa foram os que mais captaram em agosto. A entrada líquida foi de R$ 42,8 bilhões, um crescimento de 64,2% em relação à captação líquida do mesmo mês do ano passado. “Com as perspectivas para a trajetória da Selic, os fundos de renda fixa devem manter a atratividade ao longo do semestre. Tal cenário tende a reforçar o fluxo significativo de recursos para essa classe de ativos, impulsionando o desempenho da indústria como um todo”, escreveu em nota à imprensa Pedro Rudge, diretor da Anbima.
A classe multimercados, que vem provocando perdas gigantes de total sob gestão (AuM) nas gestoras especializadas, tiveram mais um mês de saída. Os resgates líquidos neste mês foram de R$ 40,1 bilhões. A maior parte (R$ 26,3 bilhões) desse total resultou da retirada dos multimercados do tipo Investimento no Exterior.
Outra classe que também vem sofrendo com a fuga de recursos, a de ações, sofreu novamente mais retiradas do que entradas. Em agosto, a saída líquida foi de R$ 2 bilhões.
Os fundos de índice ou ETFs (sigla em inglês para Exchange Traded Funds) registraram resgate líquido de R$ 1 bilhão em agosto.
Rentabilidade em agosto
Entre os fundos de renda fixa com as melhores rentabilidades, o tipo Duração Baixa Grau de Investimento teve alta de 0,91% enquanto o Duração Baixa Soberano registrou ganho de 0,80% no mês. Ainda na renda fixa, o tipo Duração Livre Crédito Livre rendeu 0,93 % no mês e 6,79% no ano.
Entre os multimercados, o tipo Investimentos no Exterior, que sofreu resgate multibilionário, avançou 0,75%. Já o tipo Livre rendeu 1,33%.
Entre os fundos de ação, um dos tipos em destaque é o Ações Livre, que teve retorno médio de 4,67% em agosto.