Fundos de investimentos apresentaram resgates líquidos de R$ 68,4 bilhões em abril. Foto: Adobe Stock
Os fundos de investimento apresentaram resgates líquidos de R$ 68,4 bilhões em abril, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (8) pela Associação Brasileira de Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). No acumulado do ano, os fundos têm saída líquida de R$ 91,2 bilhões. O patrimônio líquido da indústria está em R$ 9,5 trilhões.
A renda fixa foi a classe que puxou para baixo o resultado da indústria no mês passado, com resgate líquido de R$ 31,2 bilhões. O detrator principal foi o tipo renda fixa duração baixa grau de investimento (que investe com horizonte mais curto em títulos públicos e papéis de baixo risco de crédito), com R$ 31,2 bilhões. No acumulado do ano, no entanto, a renda fixa continua sustentando o saldo positivo de R$ 22,2 bilhões. Em abril, os multimercados também tiveram resgate líquido, de R$ 23 bilhões, assim como os fundos de ações, com R$ 8,7 bilhões.
“A indústria de fundos teve um desempenho aquém do esperado em abril, principalmente quando olhamos a classe de renda fixa. Ainda é cedo para sabermos se foi um movimento pontual ou uma tendência que pode se repetir”, disse Pedro Rudge, diretor da Anbima, em nota. “No entanto, apesar das saídas, todos os tipos da categoria tiveram rentabilidade positiva”, observa.
Das categorias de fundos apresentadas no levantamento da Anbima, apenas os cambiais e de investimento em participações (FIPs) tiveram entradas líquidas em abril, de R$ 228,2 milhões e R$ 164,4 milhões, respectivamente. Também registraram saídas líquidas os fundos de investimento em direitos creditórios (FIDCs), com R$ 3,5 bilhões, de previdência, com R$ 1,8 bilhão, e fundos de índice (ETFs, na sigla em inglês), com R$ 595,5 milhões. No caso dos FIDCs, o movimento foi concentrado em um único fundo, segundo a Associação.
Rentabilidades
Na categoria de renda fixa, todos os tipos de fundos de investimento encerraram abril com rentabilidade positiva, com exceção de dívida externa (-0,09%). O destaque do mês foi renda fixa duração alta soberano (fundos que investem a longo prazo em títulos públicos), com 1,87%. Entre os multimercados, a maior rentabilidade foi do tipo long & short neutro (fundos que montam posições compradas e vendidas em renda variável), com 3,26%. Em ações, a maior rentabilidade foi do tipo setoriais, com 11,84%.